SIN KILLER webzine – Interviews: 3/1/11 - 4/1/11

Friday, March 25, 2011

Deliverance. That band should have been BIG.


O Deliverance poderia ter sido Grande.

Na semana passada eu tive o prazer de conversar com o lendário guitarrista GlennRogers. Para aqueles que pode ou não estar familiarizado com o seu nome, deixe-me começar dizendo que Glenn tem um belo currículo e já tocou com bandas como Hero (EUA), Vengeance / Vengeance Rising, Once Dead, Deliverance,Vengeance Steal e é claro, Hirax.
Enquanto Glenn Rogers  pode não ser um nome familiar para muitos, não há dúvida de que ele desempenhou um papel vital no desenvolvimento inicial do thrash cristão. Ele também provou ser um excelente pistoleiro de aluguel, como visto por seu trabalho recente com a banda cult Hirax. Glenn teve a gentileza de falar comigo sobre como ele começou na música e o que ele tem planejado para o futuro. Não só é Glenn Rogers um grande guitarrista, mas também um cara real e do bem, e foi divertido colocar a conversa em dia.

Andy-Glenn, você poderia me dizer um pouco sobre como entrou no metal e quais eram suas influências no começo?
Glenn- Eu comecei tocando guitarra antes do Heavy Metal. As primeiras bandas que eu gostei foram os The Beatles e Stones. Em seguinda Led Zeppelin e UFO. Depois eu peguei uma cópia do Iron Maiden, ( o lp Killers) e foi isso. Eu fiquei viciado.

Andy-Deliverance foi sua primeira banda?

Glenn Minha primeira banda se chamava Caution. Nós éramos uma banda de covers que tocava algumas músicas originais. Na maior parte cover dos anos sessenta. Eu tenho gravações de estúdio ainda. Quanto as bandas de Metal que toquei em alguns grupos locais antes de começar com Doug Thieme e Roger Martin da banda que se tornaria Vengeance Rising, em 1986 ou início de 87. Depois nos separamos e eu entrei no Hero, por um curto período de tempo, e então entrei no Deliverance.

Andy- Seu histórico inclui passagens, não só em bandas de metal cristão como Deliverance e Vengeance Rising, mas também nas seculares, Hirax e Vengeance Steel. A cena mudou tornando-se mais aceitável para os músicos tocarem em ambos os lados que quiserem ou os músicos estão começando a ramificar para fora e perceber que tudo é metal?

Glenn-No meu caso, senti o tempo todo que não deveria haver nenhuma linha estabelecida. Cristãs ou não . Deveríamos ter sido apenas uma banda , e deixar cada um descobrir isso. Todas as bandas teriam sido bem mais - sucedidas se estivessem  em gravadoras normais. Em vez disso, todos ficaram presos nas livrarias, onde os fãs de metal não vão comprar discos de metal. Como vão atingir os não cristãos em uma livraria cristã?

Embora os sites online como a Amazon matou livrarias pequenas , que fez a música mais prontamente disponível para fãs que moram em lugares fora do caminho com nada em volta que não seja um Walmart para comprar metal. Eu sempre pensei que o bom metal é aquele independentemente do seu rótulo! Você já esteve em tantas grandes bandas Glenn. Quais foram alguns dos pontos de destaque até agora e os baixos?

Glenn- O maior eu diria , quando Hirax tocou no Bang Your Head Fest de 2003, na Alemanha. Foi ótimo, nós dividimos o palco com Dio, Twisted Sister, UDO. Fizemo uma Jam com Jack Starr, e estão registrado no DVD do BYH. O menor foi quando estava me despedindo do Deliverance. Essa banda poderia ter sido Grande.

Andy-Eu sempre pensei que o problema que o Deliverance tinha era , que eles não puderam ficar com um line-up estável. Além desse e a mudança da direção mais thrash metal progressivo, impediu de serem enormes. Weapons Of Our Warfare é um dos melhores speed metal cristão / thrash álbuns de todos os tempos. Agora que você está com um projeto novo, poderia nos dizer o que ‘vem por ai ? 
Glenn Bem , eu me separei do Hirax, e começeu uma nova banda chamada Final Decree. O line up é: Kevin Goocher (ex Omen e vocalista do Phantom X nos vocais. Daniel Cordova, (que fazia parte do line up de tour do Vengeance Rising ) no baixo, Dave Watson (ex Hirax na guitarra), e JorgeI cabellis (help na bateria ) do Hirax. Fui também convidado para tocar guitarra no o ex-artista da Metal Blade, Viking .

Andy-Sim, ouvi dizer que os ‘ thrashers cult’, Viking se reformaram. Vai ser legal vê-lo tocando com uma das minhas favoritas bandas de thrash dos anos oitenta. Se Final Decree soa como eles, será ‘matador’. Você tem um grande grupo de músicos envolvidos e estou sabendo do seu trabalho, escrevendo um monte de músicas e espera fazer algumas gravações em um futuro próximo. Está querendo fazer Final Decree, em um projeto de tempo integral?
Glenn-Sim, Final Decree será a minha principal banda. Começamos a gravar uma demo e nos vamos deixar as pessoas escutarem quando ela estiver ok. . Meu papel no Viking será guitarrista. Esse é o ‘bebê ‘de Ron, por isso é a sua direção musical que vou seguir. Eu vou fazer shows ao vivo, quando eles começarem e gravar os solos das faixas para o álbum. 
By Andy
Fonte:. Heavy Metal Time Machine [em inglês]
tradução:Norman Lima

Tuesday, March 22, 2011

Fábio Carvalho The father of Christian underground scene!


old stuff
Se você ainda é daqueles, que associa a palavra Pastor, aquele homem de terno, que só sabe dá sermões chato, um verdadeiro, “bible bashing”? então eu poderia muito bem colocá-lo de castigo, ouvindo o Mortification, ou quem sabe, presentear com um cd do Antidemon. Brincadeira besta a parte, o cara, o pastor, Fábio Carvalho é bastante ‘conhecido’ na cena underground, e não se engane, pois se sua fé não é real, certamente ficará inibido com sua presença.
Tire um pouco do seu tempo pra conferir essa entrevista com esse great guy...
 Norman


Norman: É verdade, que ao lado do Sandro Baggio, você é um dos que trouxe o metal cristão para o Brasil? Você poderia contar um pouco sobre como foi que tudo começou?

Fábio: Foi algo meio simultâneo, não houve nenhuma intenção nem a pretensão de sermos vistos como ‘PIONEIROS” do metal cristão. Na verdade, o Sandro me apresentou o som do Petra (início dos anos 80) logo depois, descobri “por acaso” o Stryper numa loja secular. Pirei!!!! Semanas depois conheci o Cláudio Tibérius, que já estava envolvido com a cultura da musica cristã “underground” e o Denilson de Porto Alegre. Pronto! Estava feito o “movimento” risos!!! Depois disso, vivíamos trocando informações, zines e “fitas”. Não tínhamos tanto acesso ao que acontecia “lá fora” e quando o Sandro, nosso “mantenedor mor” de material metálico, conseguia alguma coisa, era uma festa... Daí muitos outros brothers do país começaram a fortalecer o “movimento” com materiais de bandas, magazines e releases. Sempre que alguém conseguia o trabalho de alguma banda, logo estávamos todos ouvindo, comentando e divulgando. Principalmente no meio secular.


N: Você é um pastor, porém que também curte música pesada. [bagaçeira! desgraçeira! podreira! somada a uma temática visceral, verdadeira, inquietante, um verdadeiro antídoto á boçalidade cultural! uma bomba nuclear sonora] Isso facilita seu trabalho?

F:Creio que de certa forma, sim, mas não é, em hipótese alguma um requisito imprescindível, para o exercício ministerial.

N: Você morou um tempo fora do Brasil. Em relação ao ‘mundo underground’ como foi sua experiência por lá?

F:Muito interessante. A idéia de “underground” que se tem por aqui, não é necessariamente a mesma da galera de outros países. Principalmente porque, aqui a idéia está muito relacionada à estética, visual etc... Mas graças a DEUS, isso tem mudado e a galera que leva isso a sério mesmo, não está nem aí pra visual. E há também a noção de que um “verdadeiro” underground é aquele que TEM sempre que estar sem dinheiro, sujo, tosco e detonado e realiza eventos com poucos recursos e de baixa qualidade! ... Ao passo que em alguns paises, os caras são desprendidos do consumismo e do capitalismo, mas também da “miséria absoluta”. Ser pobre não é ser underground, necessariamente, e vice-versa. Pra muitos jovens, em outros paises, a contra-cultura é visto como um estilo de vida e não como um “movimento”.

N: Como você descrevia um cristão exemplar? Você se ofenderia com a pergunta, que tipo de cristão é você?

F:Um cristão é um ser humano vivendo um relacionamento com DEUS por pura GRAÇA, e que não tenta se livrar de sua humanidade numa tentativa de virar “anjo” ou super-homem! ... A GRAÇA DE CRISTO não faria sentido algum se existisse alguma capacidade própria de lidar com minhas mazelas, crises, limitações e pecados! Por definição, sou um cara, que se estou de pé, é somente por causa DELE.

N:Como não errar na hora em que vamos ‘falar de Deus’? Como saber diferenciar o nosso ‘papel’ do plano de Deus, e fazer apenas nossa parte?

F:Creio que antes de fazer, temos que ser. “falar de DEUS” pode ser massa, mas também pode ser uma agressão e uma falta de respeito para com o próximo. Se minha motivação for egoísta e desprovida de um amor genuíno, não passará de uma “verborréia”. Somos comunicadores da veracidade do perdão da inserção e da paternidade de DEUS EM CRISTO e se isso for somente retórica, continuaremos distantes da galera! Essas coisas se provam vivendo...

N:Fazer música com a intenção que muitas pessoas sejam salvas, é uma idéia interessante, mas como você vê os trabalhos que algumas bandas tem feito nesse sentido? Poderia citar algumas histórias de algumas delas?

F:Pois é... complicado! Cantar, berrar, urrar é “comunicar”... Existem muitos caras do bem, fazendo som com autenticidade e conseguem comunicar o “comunicável”! Por outro lado, tem uma galera apresentando um “cristianismo estranhíssimo” baseado numa “teologia/folclórica” “nórdicas e druidas” lutas infindáveis entre o bem e o mal. Jesus e o capeta no mesmo nível. Ou então algo centrado no próprio homem e em “sua capacidade” triunfante de vencer blá, blá blá... Talvez fosse até melhor tocar e não falar nada. O que particularmente NÃO acho errado!

N:Para nós, todas pessoas que Deus salvar, é motivo de festa. Mas será que você tem alguma história especial pra contar, um testemunho, que não choque apenas os que não são cristãos, mas sim, os próprios cristãos?

F:Existem várias. Não sei se o objetivo é chocar, são apenas fatos. Desde travestis que se converteram ao cristianismo, se encheram de alegria por terem provado (pela primeira vez na vida) o respeito à aceitação do verdadeiro amor. Mas também se deparam com o preconceito e o despreparo por parte dos crentes ao conviverem com esses. Muitos cristãos não se interessam e não se envolvem com essas pessoas, pelo fato da maioria deles serem diferentes e viverem na prostituição e marginalidade, por não terem qualificações profissionais ou nenhum atrativo social, ou não terem tido oportunidades. Em tese, eles esperam encontrar na igreja a oportunidade de serem acolhidos, curados, abraçados ... e nem sempre encontram. ... Há também algumas pessoas, radicais que são totalmente inversas a idéia de serem amadas por DEUS. São fechadas em si, sem referencial de futuro e sem intimidade com qualquer outro sentimento a não ser o ódio. Ver essas pessoas “sendo abraçadas” pela GRAÇA DO PAI e entendendo o significado de “paternidade”... é gratificante! Muitas acabam vendo que o "satanismo" não lhes toca e aquele papo de símbolo de rebeldia e "ódio" por DEUS, família e sociedade, não passam, muitas das vezes, de uma forma de gritar: "EI, ESTOU AQUI... EXISTO!!!!!" E o que dizer dos transexuais, hermafroditas, deficientes físicos, os doentes da AIDS, mães solteiras,tantos que foram abusados de todas as formas e nem sempre encontram em NÓS, igreja, a aceitação e o cuidado devido... vergonhoso não acha? Mudar não é tão difícil!

N:Quais seriam os grandes erros cometidos pela a igreja, na sua opinião?

 F:Cara, falar da igreja é falar de mim, de você e de um período histórico conturbado! São muitos erros, um dos mais “perturbadores”, pra mim, é o fato de estarmos sempre olhando pra nós mesmos! Celebrando nossas conquistas, ministérios, templos, grandes feitos, influência política, enfim... Creio, que voltarmos para a simplicidade da vida cristã e valorizarmos o que DEUS valoriza, isto é, VIDAS, é o começo de uma restauração! Enquanto não olharmos pra nós mesmos,e o tempo todo, entendermos que fomos salvos PELA GRAÇA, não por méritos ou por alguma capacidade de “impressionar” a DEUS, ou por ser “bonzinho”,etc... dificilmente sairemos desse “feudo etnocêntrico”,covarde e excludente! Somos idênticos a todos os outros humanos, a ÚNICA diferença, FOMOS ALCANÇADOS POR ELE! E olha que éramos inimigos heinnn!!!

N:Hoje em dia, os estilos musicais se tornaram muito abrangente, assim como os rockers, estão bem mais tolerantes. Mas como você explicaria o fato de um cristão tocar numa banda satânica, se fosse o caso?

F: Antagônico. Não creio numa “guerrinha” entre o bem e o mal (o “BEM” JÁ VENCEU LÁ NA CRUZ, LEMBRA?) mas no meu entendimento, tocar numa banda “satanista” é o mesmo que dizer: "a paz se faz com guerras..." Sei lá, uma espécie de “niilismo gospel” risos!!!!!
--- Tenho o entendimento (ou falta dele eheheh!!! ) de que SE NÃO devo ouvir música secular também NÃO devo ver filmes não cristãos ou ler livros que NÃO sejam evangélicos etc... por que ouvir musica é errado mas ver um filme não é??? Será que não existe um ranço de capricho fundamentalista aí? Ter bom senso e discernimento é fundamental. E respeito a galera que NÃO ouve musica secular...

N:Eu lembro da sua coluna no fanzine Metal Mission (RIP). O que você anda fazendo hoje em dia pelo rock cristão? Ou melhor, pra que mais loucos sejam salvos?

F:Continuo envolvido no cenário. Tanto cristão como não cristão. Tento deixar claro meu respeito e admiração e apoio. ... salvação é uma DOCE conseqüência de se estar lá! Constantemente escrevo textos e pequenos artigos sobre o assunto e participo em congressos sobre missões urbanas também!

N:Você parece ter uma atenção especial com os ‘rockers’, o que normalmente a igreja se recusa a vê-los ou ajudá-los... Isso o torna muito importante no meio underground, e faz com a cena, de fato tenha seu lado sério, já que muitos estão entre nós por apenas interesse musical. Eu não sei se é exatamente assim como relatei em minha pergunta, então queria que comentasse e me corrija.

F:Pois é! Creio que foi respondido na questão anterior (??) Autenticidade é a palavra de ordem! Deixar claro suas convicções, crenças e posturas em face ao pecado e as injustiças e ao mesmo tempo respeito por “eles” é o que fará a grande diferença. E isso pode significar desprezo e hostilidades ás vezes, por parte de alguns. Mas certamente um reconhecimento por você ser quem é. Tipo, não ser um “camuflado”, sacou!? Sem duvidas existem vários que se envolvem em qualquer cenário, apenas com o intuito de se promoverem, tirarem alguma vantagem. Esses são os verdadeiros “posers”.

N:Na pergunta antes dessa, eu me referi apenas ao ‘rockers’, mas essa é sobre as pessoas, que lamentavelmente os cristãos não se importam... Que são aqueles abandonados, que vivem nas ruas, drogados, resumindo, pessoas sem condições de vida alguma. O que você tem a dizer sobre isso...

F:Deveríamos entender que viemos de “lá”. Do lado vazio da existência. Tendo segurança material ou não, éramos exatamente assim! O país e o mundo vivem uma crise muito grande. Exceções, falta de empregos, ameaças de cataclismos, violência e uma forte pressão sobre todos. Tem gerado cada vez mais pessoas inseguras e solitárias. A tal síndrome do pânico, entre outras, é um sintoma desses dias! E o melhor de tudo isso é que a igreja que foi “arquitetada” no coração de DEUS tinha esse povo como foco! Olha que oportunidade tremenda que estamos tendo em ser igreja!!! Nunca foi o padrão absoluto, ser cristão do tipo, “classe media”, pessoas normais, bonitinhas, sem problemas, papai, mamãe, filhinho e filhinha, um carro uma casa um emprego etc... O QUE NÃO ESTÁ ERRADO. CASAR E TER FAMILIA É MUITO BOM!!! Falo isso porque nem todos atingirão esse modelo de vida. ... Que nunca foi sinônimo de verdadeiro “salvo”. Qualquer um em qualquer realidade é bem vindo e se adequar no coração desse DEUS... Já sacaram a pressão que pessoas solteiras sofrem? ”-O que?...não se casou ainda?”
”-Coitadinho! Com essa cara...” ”-Vai virar titia heinnn!” ”-Você já tem tantos anos... e o casamento?” ”- hummm! Não se casou ainda... deve ser gay!” E por aí vai... como se a galera fosse obrigada a se casar pra provar algo!

N:E as tattoos, você realmente ama essa arte, não? Isso não o atrapalha em sua missão?

F:Houve um tempo em que tattoos eram um “escândalo”, não só para os crentes, mas também para os não crentes. Resquício de uma ditadura militar que infelizmente “doutrinou” boa parte da população evangélica. Amo essa arte, como você disse, e não me atrapalha em nada, porém não faço apologia de tattoos!

N:Algumas bandas cristãs chegam a travar uma ‘guerra’ contra o rótulo de white metal. E qual seria sua opinião a respeito desse conflito, que insiste em permanecer perseguindo os cristãos e não cristãos... risos...

F:O titulo “white metal” foi criado pela imprensa secular no início dos anos 80, para classificar o som de algumas bandas, principalmente o TROUBLE, em contra-partida às bandas de metal “satânico” ou black metal, usado pela banda VENON, a princípio. Sei que foi importante esse “rótulo”, mas na minha opinião, hoje se tornou obsoleto e sinônimo de “mais um movimento”, algo do tipo, bem x mal, sacou!? Existem várias formas de se enxergar um mesmo objeto, talvez outras pessoas pensem diferentes. Mas eu entendo que só faz sentido esse papo todo de bandas de metal, hardcore, black etc, se os “não crentes” forem os convidados de honra a participarem. Caso contrário o que me parece é a “cristianização” e a “sacralização” de uma (contra ) cultura. Isso é idolatria!

N:Você já ouviu falar de Larry Norman, conhecido como The Father Of Christian Rock?

F:Com certesa eheheh!!!


N:Algumas velhas bandas estão voltando ou relançando seus materiais. Quem você gostaria que voltasse? E o que você recomenda de ‘old’ e new?

F: Algumas bandas FANTASTICAS, deveriam ficar só na história. Fizeram um bom trabalho, mas se pudesse escolher, acho que diria o "THE LEAD" e "THE WARNING". Acho que o trampo deles seria atual e a postura Cristã radical (no bom sentido da palavra -risos!!!!) seria bastante impactante! Existem muitas bandas ótimas hoje em dia. Dos mais diversos estilos dentro do som pesado E uma moçada fazendo coisa nova também. Iguais ou melhores entre as melhores!!!

N:O Livro que o Gary Lenaire [primeiro guitarrista do Tourniquet] escreveu, An Infidel Manifesto - Why Sincere elievers Lose faith (Um manifesto infiel - porque crentes sinceros perdem a fé). Me parece desanimador, e me fez lembrar bastante daquele caso que aconteceu com o Roger Martinez.

[Roger era um cristão fervoroso, influenciou muito a cena cristã, chegou a ser pastor... E depois, de alguns conflitos, abandou o cristianismo...) No cemeço alguns dizia que ele tinha virado 'satanista'...
 F: Não li o livro, mas vejo que compartilho do mesmo sentimento de Lenaire, quando olhamos para traz vemos alguns “náufragos da fé”. Com todas as dores, perdas e tentativas de se legitimar nossas razões, NADA justifica. Não está escrito em lugar algum que a caminhada cristã é “prazerosa” e fácil...

N:Você foi ao show do Stryper? Qual foi a banda mais legal que você já viu ao vivo e que te deu vontade de praticar uns mosh?

F: Fui sim ao Stryper em Belo Horizonte. Grande show! Muitas bandas brasileiras “mexem” comigo! Mas da galera de fora, quase morri no show do FIGURE FOUR... sem palavras!!!!

N:Você já se envolveu em algum trabalho de alguma banda, tocando, produzindo ou escrevendo?

F:Sim!!!!!

N:O que você já notou de estranho no meio cristão, e que teve que fechar os olhos?

F: Acho que o envolvimento de forma simplista às vezes interesseira e burra com a política! Também quando reproduzimos as mesmas pasmaceiras e modelos de nossa mídia populesca e seus programinhas cretinos, em nossas reuniões, cultos e atividades...

N: O que acha da igreja ‘underground’ Zadoque?

F: Amo o Batista e uma galera que conheço de lá. Creio que eles, assim como nós, estão tentando fazer a coisa certa!

N:Eu li algo sobre o Antidemon que me deixou um pouco preocupado. [O Batista, comentou, que apesar do Antidemon tocar death/grindcore, ele não é fã desse tipo de música. E faz isso apenas pra atender um chamado de Deus.] Não posso afirmar que é bem assim como escrevi, mas eu te pergunto. O que você tem a dizer sobre isso? Será que é possível funcionar, atitudes do tipo, se encher de tatuagem, tocar um estilo de música brutal, pra atrair gente pra igreja?

F: Acho que até o Batista concorda que qualquer atitude, principalmente aquelas em nome de DEUS, tem que estar encharcada de honestidade e seriedade para com o outro, nós mesmos e DEUS. De repente fazer algo que não se gosta em beneficio do outro pode ser chamado de SACRIFICIO.

N: O Cristianismo no Brasil é bem diferente do Europeu assim como dos Estados Unidos. Não seria nada agradável para os ‘crentes’ daqui conviver com outros cristãos que fumam e bebem. Como lidar com isso? Sobre aquele show que o Tourniquet fez no Brasil, rendeu alguns boatos.[Os boatos era sobre o fato deles fumarem... ) Mas falando um pouco sobre do assunto comentado anteriormente, eu fiquei mesmo ‘chocado e triste ’ foi quando vi no DVD do Saviour Machine, o guitarrista do Narnia (sim, o guitar hero, Carl Johan Grimmark) virando uma garrafa de Whisky. E você, já se surpreendeu com algo desse tipo ?


F: É verdade. Algumas divergências nos abalam mesmo! Estamos “seguros” dentro de nossos parâmetros e conceitos de certo e errado. Quando isso escapa ao nosso “controle”, somos desconstruidos! ... e muitos “caem” da fé por isso ...!!! ... mas isso deveria nos alicerçar mais e mais Rechaçando nossas convicções enquanto amadurecemos como pessoas. Passei por isso no Reino Unido. Tive os mesmos sentimentos de “indignação” e fui tomado por uma espécie de zelo-ultra-superior-espiritual–moralista-dono da verdade!!!!! Aprendi que temos os mesmos deslizes pois eles também vêem algumas atitudes inadmissíveis em nós. Ex. envolvimento com questões ambientais (ou melhor, a não participação de forma ativa, com as questões de preservação do meio ambiente. Pois nós temos ainda, pelo que lutar! ) ...NÃO ESTOU JUSTIFICANDO NADA, PELO AMOR DE DEUS!!!! Só estou tentando dizer que fazer o errado é muito mais fácil do que fazer o certo e reconhecer o errado no outro é mais fácil ainda... e o mais agravante, por mais cristãos que alguns sejam, fumar e beber não tem nenhuma implicação moral. Bem, não deixa de ser um ótimo assunto pra debatermos, certo!?

N: Não parece legal a maneira como os cristãos especulam suposta conversões de artitas seculares, Nicko McBrain (Iron Maiden), Dave Mustaine (Megadeth) e Alice Cooper. Será que não estamos equivocados, em relação a pensar, que pelo o fato de um famoso se tornar cristão, ser mais importante que qualquer outra pessoal. O que você pensa sobre esse tipo coisa?

F: Realmente nos falta capacidade de “conhecermos o coração do homem”. Podemos supor, especular, “bisbilhotar” etc... Mas deixem as árvores produzirem seu frutos. A natureza é a melhor professora [risos]!!! Sou grato a DEUS por essa galera se voltarem pro Cristianismo E ATÉ QUE SE PROVE O CONTRARIO, são meus irmãos em CRISTO e encontraram respostas ... é isso! Ser artista, musico é uma atividade profissional. O cara tem que sobreviver. É digno trabalhar honestamente. Sou contra e me incomoda profundamente, quando “divinizamos” essas profissões, transformando-as em “ministério” e fazemos dessas pessoas semi-deuses, grandes ministros. E aí nem é “culpa” deles!!!! Foram tratados assim a vida toda! A grande falácia é quando os cristãos perpetuam esse ciclo que em nada ajudam essa galera na caminhada Cristã! Bem, falei, mas espero que não seja essa a realidade de vida, desses caras que você citou, Vejo isso acontecer mais aqui no Brasil mesmo!

N:Agora, chega de perguntas. Nem o Larry King é assim [Risos] Deixe um recado...

F: O underground cristão já foi codificado. Absorvido pelo sistema de consumo igual a todos os movimentos seculares.

Na pós-modernidade o impossível acontece, a antítese se funde a tese! A contra-cultura se “alia” a cultura, não sei, parece que o mundo e seus sistemas agonizam. O que nos resta é preservarmos nossa identidade cristã ao ponto de ela ser relevante e objetiva, primeiro pra minha própria vida, e depois pra minha geração! JESUS CRISTO é esse fundamento. Sua morte e ressurreição traduziu o amor e o poder subjetivo de DEUS, em linguagem prática, de ação, de objetivo. Amor que cura, que perdoa, que dá sentido... Valeu a oportunidade. Espero ter somado!

Contato com Fábio Carvalho -

Cx. postal 1512 Belo Horizonte – MG 30123-970

Email - valho2005@gmail.com

Site/Blog - http://atitude-sria.blogspot.com/

Entrevista com Adiastasia

Entrevista - Novembro de 2006
Adiastasia.
[power melodic metal] com esse priemeiro full, Life War lançado pela a Bombworks, chamará atenção dos fãs de bandas como Wizards, Dynasty, Seven Angels e Seventh Avenue. É verdade que por aqui a banda ainda não é tão conhecida mas isso é uma questão de tempo e vamos ver como vai ser a divulgação desse incrível cd. O line up é formado por Jeff Winner ( Lead Vocals), Janinho Di’Nizz ( Guitars), Ryvson Lacerda (Keys), Joab Marynne (Bass) Dinho Caetano (Drums).
Eles estão com planos para morar em São Paulo em 2007. E mais um pouco sobre eles você fica sabendo na entrevista a seguir. com o vocalista Jeff Winner.
By Norman


Sin Killer - Eu achei a capa de Life War excelente! Por favor, poderia falar sobre isso... Quem fez,e qual sua conexão com as letras... E a mensagem principal ...



Jeff Winner - Hum.. ‘Life War’ é um disco altamente conceitual. A capa é ligada ao assunto principal do disco, que é a guerra. Claro que a ‘guerra’ a qual me refiro nas letras é uma guerra no reino espiritual e o conflito interior do ser humano. Os temas vãos desde a ficção de uma guerra cósmica de anjos, demônios e seres humanos onde existe um escolhido de Deus que foi chamado para liderar um exército. Você vai dizer que eu sou viciado em RPG (risos)... Meio pentecostal não acha?
É mas, também trata-se sobre o maior fantasma que o homem enfrenta nos dias de hoje que é a depressão. o medo,  a duvida... Fala também dos sentimentos fraternais como amizade, sobre a fé.  a perseverança, os sonhos que ainda não foram realizados, são temas bem comuns nos homens e o álbum trata profundamente desse assunto, tudo num clima cristão não apelativo,  sem mascara, 
voltado 80% aos que ainda não voltaram para a Casa do Pai .
Bom tentando falar da capa. eu acabo falando no assunto do disco. (risos).. Empolguei-me.
Mas acho que com isso dá pra explicar.
Sim... Quem criou a capa fui eu (risos). Obrigado pelo elogio [Risos] Deus é heavy. ele sempre nos supre de tudo. Gloria à Ele.


Esse cd. deve ser consumido por fãs de bandas como Seventh Avenue. Seven Angels. Dynasty. Wizards... Você concorda comigo? Risos!!! [Eu sou fã de todas bandas citadas...)... Tem mais algum nome que você adicionaria a esta lista?


Bom Norman. eu creio que sim. Adiastasia é uma banda para pessoas que curtem esse estilo mais power metal mesmo. Apesar de sempre ousarmos sair um pouco, encaixando uns detalhes prog nas musicas. e uns toques de Symphonic metal. no fim acredito que se encaixa dentro da linha power que é a característica mais forte da banda.

O fato de vocês não serem conhecidos por aqui. mas assinar com o selo americano. Bombworks. (Seven Angels, Holy Blood, Pale Horse,  Amos, Venia) a banda terá seu nome bem exposto na cena metal. O que você está achando disso? Qual o retorno que você estão recebendo?

Isso é mais uma grande da parte de Deus. O fato de não sermos conhecidos e logo no nosso primeiro álbum já estarmos juntos dessa galera boa. Foi um milagre de Deus pra mim. Acredito que vem coisa boa por aí. na verdade eu sempre espero coisas grandes pois nosso Deus é grande. O metal Cristão tem muito pra mostrar ainda pra essa galera heavy. O retorno??... Não sei te dizer. espero oportunidades e alcançar nossos sonhos e Principalmente que possamos ver frutos espalhados por aí.


Como é a cena local de sua cidade? Existem muitas bandas,  fanzines bons por ai?

A Paraíba é um celeiro e tanto,  tem muito a crescer. o que posso dizer?
A cena secular tem crescido muito em relação à Cristã. Temos muitos jovens que estão despertando para a visão.  Como todos que um dia viram o começo das coisas,  eu ainda vejo uma cena bem adolescente. se é que me entende.


Você disse que cantou em bandas secular antes de formar o Adiastasia? Me conte um pouco sobre esse tempo...


Oh my Darkness time.. risos
Eu cresci com meu pai escutando bandas como Led Zepelim. Scorpions. e uns Brazucas também.
Apesar de ser nascido numa terra conhecida como a sede do maior São João do munndo,  de forro e o Axé, não me entravam de jeito nenhum.
Comecei na minha primeira banda aos 16, acredite ou não eu cantava death. risos..
Aos 17 eu entrei numa banda onde eu já começara a cantar Iron Maiden , Helloween e fiquei nessa banda até o dia da minha conversão, em dezembro de 1999. Gloria Deus! Estou em Cristo a 7 anos. Ufa... Ai você sabe né ? Antes era sexo, Drogas. Drogas. Drogas. Drogas e Heavy metal. Mas graças a Deus eu to aqui vivo para contar a historia.


Quem você citaria como influências para o Adiastasia? Uma atitude. uma banda...

Hum .. Essa não era pra ser e  acaba sendo a mais pesada sabia?
Temos influencias de bandas como Helloween, Stratovarius, Dream theater,  Angra, Rob Rock,  Stryper e Seventh Avenue, entre outras dessa linha Heavy. power. melódico e prog.

Vocês estão num selo cristão e a banda é formada por cristãos, então obviamente serão rotulados de white metal ou banda cristã. O que você tem a dizer sobre isso ?


Você riria se soubesse que eu ainda não sei qual é a diferença entre W M e M C ? O fato é,   não estamos preocupados com o rotulo,  e sim com o que devemos fazer para mostrar diferença. É o motivo de nunca termos saído a procurar as diferenças entre esses rótulos.
Bom se nos rotularem disso ou daquilo não importa,  o que interssa  é se estivermos dentro do propósito do Pai. E  cara se estamos Nele e Ele em nós, então nossa música esta acima do rotulo e pode fazer infinitamente mais do que possamos imaginar.


Você acha que sua banda é mais um jeito do metal cristão ser visto com mais credibilidade, já que muitas bandas pecam nesse sentido.

Essa também ta difícil...
O Adiastasia desde o inicio sempre almejou por fazer tudo sempre dando o nosso melhor, pois como já falei para muitos e repito agora, Deus merece o melhor, então não fazemos para sermos melhores que ninguém. mas para dar a Deus o melhor que podemos fazer.
Se isso resultar de alguma forma na maneira como as pessoas passarão a ver o Metal Cristão,  e se nisso nós recebermos algum tipo de credito, significa que aquele que esta acima de tudo e de todos ficou satisfeito, e isso é o que importa pra mim.


Pregações ou para alguns ´“bible bashing”. hoje em dia são muito raros em show de bandas cristãs. O que você acha que aconteceu? As bandas não querem perturbar os fãs de metal, ou não querem falar daquilo que não vive... (Que fique claro que não me refiro... a todas ...)


Eu particularmente gosto de trazer uma palavra em shows, isso é uma de nossas características, apesar de não fazer sempre, pois sou bem prudente quando se diz respeito a ganhar almas.  Se eu estiver em um show e a banda que tocou antes da nossa já tiver feito uma pregação não vejo motivo para eu trazer outra pregação, como se o Espírito já não tivesse falado antes da gente tocar e mesmo assim ainda vou ministrando durante as musicas. já fomos muito criticados por deixar de pregar em um show ou dois,  só por não achar que devo 'adicionar algo que já foi feito.
Não sei dizer ao certo o porque de muitos terem parado de pregar,  mas como eu tenho umas raízes pentecostais poderia dizer que nem todos têm o dom da palavra.
Mas uma coisa é certa. a palavra é essencial nos shows, sem isso não temos como chegar ao real objetivo do METAL CRISTAO.

Muitas bandas escolheram seguir algo mais comercial e profissional musicalmente. Ou seja. muitas dessas não tocariam de graça pelo o simples motivo de levar mais gente pra igreja... Mesmo tendo a maior parte de seu público no meio cristão. 
Você encara isso naturalmente ou tem algo a dizer?

Cara. encaro naturalmente.
Se o metal Cristão nacional fosse profissional, talvez fosse levado a serio. Temos exemplos no Brasil. que mesmo não sendo metal puramente falando, podem ser usados.
Aqui costumamos fazer shows em prol de alguma extrema necessidade da banda, cobramos um valor simbólico de R$3.00 e com muita divulgação e conseguimos  300/ 400 pessoas na casa.
Se o Oficina G3 vier tocar aqui  eles cobrarão um cachê enorme,  e o valor do ingresso varia entre 10.00 e 15.00. ( Casa Cheia).
E os caras estão fazendo a obra, ganhando pessoas para o Reino. A diferença é que eles conseguiram entrar para o ramo profissional da coisa e isso valorizou a classe deles  porque não se pode fazer o mesmo em relação ao Metal propriamente dito?
Já vimos que o Brasil curte metal com força, temos aqui bandas que são referencia no mundo todo, como o Angra, shaaman e Sepultura,  são bandas seculares grandes . Os caras tão no mainstream, nas gravadoras e revistas.
Eu creio que se o preconceito e o descaso por bandas que levam o trabalho a serio mas ainda não são conhecidas acabar, quando esse tipo de mesquinharia dentro do nosso metal abençoado for expurgada... Meu amigo. tú verás a glória que poderá ser.


E sobre o CMF e Zadoque. o que você acha do que eles tem feito pela a cena cristã?

Não sei te dizer, pois ainda não tive experiências
 com eles eu fico neutro por enquanto.


Quais seriam os 5 melhores álbuns de metal cristão?

I.G.W.T- Stryper
Against the Law - Stryper
Holy Hell- Rob Rock
Long Live The King – Narnia
Answer to the Master -Impelliteri

E sobre os vocalistas. quem seria suas influências?

Bruce Dickinson. Michael Kiske e André Matos.

Thanks Jeff... Let us yours last words... and Stay power for christ!

 Pois é.. Considerações finais. não é meu forte, então vamos lá ...
Que Deus abençoe a todos. Que possamos nos encontrar por aí nos shows da vida, espero que curtam o Nosso primeiro Álbum. que esse possa ser fonte de benção na vida de vocês. And Stay power of Christ. Metal Forever And Jesus praise for all eternity.

Underground can't wait ...

Entrevista em 07 /janeiro 2007




[[[ Metal Core em ação.A banda começou em 2002, mas foi apartir de 2004, que e a banda se estabilizou, e então o Vestigium Dei, vem marcando presença na cena, e deixando 'seus vestígios' E mais informações você confere na entrevista a seguir com o guitarrista Roney, ex Silver Blade.
Confira o site, http://www.vestigiumdei.com/

By Norman A. Lima

Sin Killer - Londrina - PR, é uma cidade onde tem uma boa influência do metal cristão. Visto que o maior fanzine de metal cristão do Brasil, (Metal Mission) foi feito por um cara dessa cidade. E a cena por ai sempre teve ótimas bandas. Isso Influenciou o VD de alguma forma?

Roney - Sem dúvidas, o Metal Mission e o Flavinho colaboram muito com o Metal em Londrina e no Brasil tanto na divulgação e apoio das bandas como na propagação do ideal cristão através do Metal.
Agora influenciar, acredito que não diretamente, quando montamos a banda foi algo que tocou em nossos corações, já éramos do meio metal mesmo antes de se converter, e a banda veio naturalmente, o simples fato de eu o Fábio e o Rodrigo sermos membros da mesma igreja já bastou para que o tempo e Deus colocasse o VesTigium Dei em nossas vidas.


VesTigium Dei já é um nome a ser visto no underground. Pelo o que li no site, vocês tem feito bastantes shows. Abrindo pro Bride, e os mais recente, com o Massacration e Torture Squad. Nos conte um pouco sobre esses shows...


Realmente, esse final de ano foi bem legal, rolaram diversos Shows.
O Show do Bride que aconteceu no ano passado (10/08/2005) foi praticamente o primeiro Show do VesTigium Dei em Londrina e foi legal pra poder mostrar a banda para a galera cristã, que era a maioria nesse evento, depois disso nosso propósito era fazer com que o Underground secular de Londrina nos conhecesse, então fomos convidados para tocar no Spirit´s Of Metal Festiva II, onde haveriam algumas bandas seculares e o Spirit´s Breeze e Seven Angels cristãs, o Show estava marcado para dezembro de 2005, porém um mês antes do show o nosso vocalista nos deixo, não tendo condições de participarmos desse evento,
Em abril de 2006 o Firás assumiu os vocais e logo em seguida começaram os convites para show, no dia 16/07/06 foi nosso primeiro show no Underground de Londrina, um evento que reuniu muitas bandas boas e contou com as bandas Khabla e Overlord do Paraguai, nesse evento foi onde começou a surgir nosso nome e a galera começou a falar da banda. Depois disso tocamos praticamente todos os meses até dezembro.
O convite para o Massacration foi muito legal, pois poderíamos atingir um público diferenciado, e foi muito bom o Show, fomos a primeira banda a tocar, o lugar já estava cheio e a galera doida para ouvir som, então quando ficou todo mundo agitado. Realmente foi um show muito bom.
Já o Torture Squad ficou um pouco a desejar, o Show foi em um mês que estava tendo shows grandes todo final de semana, e a galera acabou tendo que optar entre um deles e acabou dando pouca gente, mas tirando isso, a galera que foi bateu muita cabeça.
Agora nossa meta é sair de Londrina, tocar em outras cidades, e já estamos com show marcado para o 20/01/07 na cidade de Maringá-PR.

O cd demo, já se esgotou. E quando será lançado um álbum completo?

O CD-Demo acabou mesmo, e não temos intenção de fazer uma re-edição, pois era com o vocalista antigo, não representa mais o som que a banda está fazendo, tanto que vamos re-gravar as 4 músicas que tinha nessa demo com o Firás.
Quanto ao lançamento de um álbum, temos planos para que ocorra no primeiro trimestre de 2007, estaremos entrando em estúdio na segunda quinzena de janeiro/07.

Vocês gravaram um dos shows, em DVD. Material disponível (à venda) no site. Fale um pouco sobre esse Video...E o cover...

Bom, o DVD é um DVD-Demo, tem a imagem muito boa e um áudio razoável. Como disse anteriormente, depois da entrada do Firás na banda o som mudou um pouco e quem ouviu a demo e foi no show acabou dizendo que não é mais a mesma banda, então resolvemos fazer essa filmagem para poder mostrar para o público o som e a cara do VesTigium Dei e também para podermos analisar como está o nosso Show pela visão da galera.
Quanto ao Cover do As I Lay Dying da música Through Struggle, foi meio que unanime entre nós a escolha, essa tem sido uma banda que temos escutado bastante e tem nos influenciado muito e acabou sendo um dos momentos mais loucos do Show, quando fizemos o primeiro show com o Firás e tocamos essa música a galera foi a loucura, ninguém acreditava que a gente estava fazendo esse cover, foi uma ótima escolha de cover, agora o problema vai ser tirar do set, pois todo show a galera vai esperando ouvi-la, he he he.


O novo vocalista Firás Obeid (Spirit's Breeze - Death Metal) é bem conhecido do público underground. Como está sendo os shows com ele?

Realmente, o Firás é um cara conhecido e muito carismático com o público, a cada show ele tem se soltado mais e acredito que logo estará pronto para ser um dos "frontmans" de mais alta performance ao vivo.


Falando em As I Lay Dying, acho que é a banda 'cristã' que mais tem tocado no meio secular, sendo inclusive 'headliner' como no mais recente festival, Sounds of the Underground, no festival bastante popular no Estados Unidos onde tocaram as bandas Cannibal Corpse, Behemoth, In Flames, etc. Também já tocaram no Ozzfest. E esse estilo, tem afrente uma levada de bandas cristãs fazendo bastante barulho e chamando mesmo atenção do publico em geral. Como o underoath, Extol, The Agony Scene, entre outros... Acredito que isso deixe o Vestigium Dei bastante animado, já que o 'metalcore' tocado por vocês vem dessa escola... Ou não?


Opa, é nisso que nós estamos acreditando, principalmente por não termos encontrado bandas no Brasil fazendo o mesmo som que estamos fazendo, porém, há de se destacar que temos misturado bastante elementos de Metal Tradicional e Progressivo no nosso som, tendo uma essência pesada como o Metal Core, porém diferente das bandas citadas acima. E quanto ao destaque, acredito que se você está fazendo para Deus, Ele retribuirá de uma forma magnífica e grandiosa, o As I Lay Dying com certeza faz um trablho sério e centrado na palavra de Deus, pois somente assim podem prosperar, e é nisso que cremos, acima de qualquer coisa oramos e pedimos orientação a Deus antes de qualquer decisão, composição, show, etc.

E o que aconteceu com o Silver Blade?

Infelizmente acabou. O Silver Blade, para mim, foi uma das bandas mais promissoras na cena Heavy nacional, tinha tudo e mais um pouco para dar certo, ótimos músicos, excelentes composições e um público vasto tanto no Brasil como fora. A banda teve ótimas resenhas em revistas nacionais e internacionais, porém não soube administrar esse momento, o que acabou gerando vários desentendimentos entre os membros. O primeiro a deixar a banda foi o Fábio (Batera), ele se converteu e saíu, depois disso a banda meio que parou, uns anos depois foi eu que me converti, mas continuei com a banda ainda, mas começou a incomodar os outros caras o fato de eu ser cristão. Acho que quando eu e o Fábio nos juntamos novamente para tocar foi a gota d'água, houve algumas discussões e a banda acabou, de uma forma chata, mas acabou. Se os caras voltassem acho que seria muito legal, mas para mim já não dá mais, tenho outros propósitos na minha vida.

Como você veio de uma banda conhecida na cena secular, o Silver Blade, o que você encontrou de diferente em tocar numa banda cristã?

O que eu achei de diferente, bom, uma das coisas que mais me incomodou foi o preconceito, o simples fato de eu ter me convertido e agora estar tocando Metal Cristão foi o bastante para que toda aquela galera que curtia o Silver Blade achasse que sou um "ET" agora, mas isso vai passando com o tempo, fora isso, o que eu vi de diferente e me agradou muito, não sei se é assim como todas as bandas cristãs, mas o profissionalismo e seriedade da banda, hoje fazemos música com propósito, e um propósito sério que é falar sobre a palavra de Deus, e fazemos isso para Ele, o que muda muito o jeito que a coisa é feita, pois quando é para Deus tem que ser sempre o melhor, e para fazer o melhor tem que se dedicar muito e levar a sério ao extremo, e isso é muito bom, pois quanto melhor fazemos mais Deus nos dá condições para fazer melhor, provê nossas necessidades e abre portas, isso é de mais.
No meio secular, no Silver Blade, eu tocava para acariciar meu ego, gostava de ver a galera toda falando que eu “toco muito”, que a “banda é (beep) e tal, hoje isso não importa mais, não subo no palco para que meu ego seja acariciado, subo para agradar o coração de Deus e poder levar uma palavra de salvação para a galera que assiste ao show, tento mostrar que ser cristão não é ser “careta”, que você pode sim curtir um som “porrada”, ou melhor, fazer um som “porrada” adorando ao Senhor, isso sim é a maior loucura e a maior diferença entre uma banda secular e uma cristã que eu pude sentir.

Você já conhecia o metal cristão e tinha conhecimento da cena?


Eu conhecia pouco da cena cristã, já o metal conhecia bastante, nunca tive esse preconceito que eu vejo dos banger de hoje, escuto tudo e o metal cristã está no meio dos meus disco ha muito tempo.


Bom , agradeço pela atenção. As últimas palavras são suas...


Gostaria de agradecer a você pela oportunidade de falar um pouco sobre a banda e sobre mim para as pessoas que ainda não a conhece e em breve estaremos lançando nosso CD, aguardem e confiram que vai valer a pena.



Grande abraço a todos os leitores e que Deus abençoe cada um

Crown Of Pain – Os espinhos do Underground


Entrevista - 12 de Outrubro de 2006

Crown Of Pain - Os espinhos do Underground.
Para uma banda sobreviver no underground, é uma questão de vida ou morte, se assim fossemos analisar profundamente. Talvez sejam as dificuldades que penalizam o underground, mas pra quem ‘quer’ entrar nesse mundo, é preciso no mínimo muita dedicação e amar mesmo aquilo que faz. O Crown Of Pain, é um projeto do ‘one band man’ Heder, um sujeito misteriosos, calmo e muito inteligente. E também mais um que não desiste de lutar por aquilo que a música um dia o tocou e manter vivo isso. Ee foi chamado pra lutar por ela, e que não reste dúvida disso. Então conheça o cara, da entrevista... By Norman

Você trabalhava com o fanzine The Book, o único que escrevia sobre metal cristão, secular e RPG. Porque o fanzine acabou?
Heder- Pois é... O The Book Zine. Muitos foram os motivos que me levaram a decidir pelo fim daquela publicação. O principal dentre eles foi o fato de eu ter começado a fazer faculdade em 2004(concluirei em 2007), e isso simplesmente ACABOU com o tempo que eu tinha disponível para fazer um zine de qualidade, com bandas que realmente tivessem algo a dizer e com boas indicações de literatura. Isso pra não falar do RPG! Em condições normais, você já precisa de um bom tempo livre para criar aventuras apenas para diversão, então o que dizer de aventuras com a finalidade de divulgar a fé cristã? Eu cheguei a TENTAR fazer um The Book n.7, que contaria com entrevistas com o Troglodyte Dawn, Veni Domine, Avec Tristesse, Seth(seculares) e Orphaned Land(não-cristão nem secular: Judeu!). Posteriormente, tentei uma última cartada, que seria direcionar o The Book apenas para Doom/Goth/Stoner cristão e criar outra publicação (Eleventh Dimension Zine) que abrangeria toda essa característica de múltiplas facetas de modo a não parecer uma publicação “constrangedora” para bandas seculares e nem uma “obra do diabo” para bandas cristãs, mas no fim das contas... Não pude negar minha filosofia de “se for fazer algo, faça-o bem-feito”. Ora, eu fiz o The Book por creio que uns três anos bem-feitos, então acho que é justo que eu dedique uns quatro anos para fazer uma faculdade bem-feita e DEPOIS aparecer com algo novo e de qualidade do que ficar torturando nosso já sofrido underground com uma publicação de baixa qualidade, certo?

As pessoas, entre elas os cristãos, tem um conceito errado sobre o RPG. Como você as convenceria com suas próprias palavras, de que o RPG não é 'from hell' como eles pintam... E já que eu sei que o seu Pai é um Pastor, gostaria de saber o que ele acha desse seu ritual... Risos... E também por curtir heavy metal... Mais risos...

Pois é... O conceito “cristão” sobre o que é RPG é realmente um lance que sempre foi uma pedra no sapato. Sem sombra de dúvida, essa foi a razão MAIOR que levou-me a criar o zine. Ah, e eu coloco “cristão” aqui entre aspas apenas para esclarecer que a idéia de RPG como algo demoníaco não tem nenhum embasamento na fé cristã, mas apenas na nossa cultura hiper medrosa, supersticiosa e preguiçosa de pensar, que sempre acha melhor culpar o desconhecido do que efetivamente conhecê-lo e ver as coisas como são. Porém, É CLARO que existe o outro lado, e eu duvidaria da seriedade de qualquer cristão que dissesse não acreditar na existência de Lúcifer ou que ele realmente usa os homens e todas as obras humanas como lhe convém para seus propósitos malignos. No final das contas, acabo enquadrando o efeito espiritual do RPG com o do próprio Heavy Metal: Cada um deve saber o seu próprio limite e respeitar os limites dos outros. Você sente que o RPG é algo que atrapalha sua comunhão com Deus? Que o desagrada? Que é usado pelo inimigo para interferir negativamente em sua vida? Não jogue, e se preferir ore pelos que jogam para que eles não abandonem o Senhor, mas NÃO TENTE empurrar para ninguém que RPG é demoníaco. Do mesmo jeito que deve ser feito com o metal, aliás. É o que eu mesmo faço, e tem funcionado muito bem! Quanto ao meu pai... Bom, acho que ele foge BEM do estereótipo de “pai intolerante contra o filho que curte metal/rpg”. De fato, quando eu comecei a jogar, ele expressou mais curiosidade a respeito de o que era esse negócio que estava fazendo seu filho tímido de 14 anos começar a se relacionar melhor com as pessoas do que propriamente preocupação com rituais e nomes estranhos. Ei, ele curte filmes de ação, terror e coisas do tipo! Indiana Jones, Star Wars e principalmente Star Trek são coisas que ele GOSTA de ver! Ele ainda lembra dos filmes de ficção científica que ele via na adolescência(você não imagina como isso foi TEMPOS atrás... Hehehehe)! Juntando tudo isso, MESMO ele sendo um pastor, ou talvez JUSTAMENTE por ele ser um pastor, é dificil pensar em um cara que não quer que seu filho tenha uma diversão saudável e inteligente.

E sobre a sua banda. O Crown Of Pain? Você é um cara inspirado naquelas One Band Man? Ou isso aconteceu por que não encontrou ninguém em tempo para um Line Up Full? Bandas como o Horde e Slechtvalk, eram praticamente Isso.. Comente , por favor ...

Pois é... Quanto ao Crown of Pain, podemos dizer que foi um pouco de cada coisa. Eu sempre gostei das bandas que dão aquele ar de “um gênio solitário”, como os bem-citados Horde e Slechtvalk, além é claro do Bathory e Therion, que nunca poderão ser esquecidos em uma relação de one-man-bands realmente relevantes para a história do metal. Pois bem, além dessa apreciação, havia ainda a agravante de eu gostar MUITO de death/doom e ter começado a nutrir meus anseios de montar uma banda JUSTAMENTE em uma época em que todo mundo queria tocar apenas gothic metal e black melódico/sinfônico. Ora, para não ficar inativo, acabei me afiliando a algumas bandas nesses estilos, mas nunca abandonei a intenção de tocar doom. Inclusive, as músicas que eu cheguei a compor nesse período não foram mostradas aos meus companheiros de bandas anteriores, pois eu sentia que isso seria como uma traição ao Crown of Pain ainda não nascido. Foi essa perseverança que fez com que afinal, em 2004 eu lançasse a demo.

Você gravou uma demo [Miserere Nobis]. Nos diga o que significa ‘miserere Nobis’ e fale das músicas, Screams of Nature e Antipathy.
Bom, vamos lá: Miserere Nobis é um trecho da missa católica em latim, que significa “(Senhor,)tem compaixão de nós”. Apesar de toda a cisma entre católicos e protestantes, eu acho essa frase muito tocante e creio que ela resume de forma muito eficiente o que deve ser o doom metal do ponto de vista cristão. De fato, ela diz muito sobre o doom metal na visão secular, também. É o reconhecimento do pecado e da necessidade do perdão divino, que é aceito sem merecimento algum, apenas porque Deus tem compaixão de nós. Bem protestante, olhando desse lado, hein? Hehehe!
Quanto às faixas... Bem, pra ser sincero com vocês e comigo mesmo, devo dizer que MUSICALMENTE, eu gosto muito delas e gostaria mesmo que não fosse eu cantando e urrando. Quanto a isso, não faço nenhuma reclamação, realmente foi uma forma bem-sucedida de materializar o tipo de death/doom que eu mais curto. Claro que o meu inglês era mil vezes pior do que hoje, na época em que eu as escrevi, mas e daí? Seria preocupante se meu inglês fosse bom naquela época e HOJE estivesse decaindo! Hehehehe! Como elementos individuais, podemos dizer que as duas músicas apresentam faces diferentes: Screams of Nature soa de maneira desavergonhada como o Celtic Frost fazendo uma jam com o Trouble(claro que tal jam, se rolasse, envolveria álcool o suficiente para fazer um carro andar de São Paulo até o Ceará, mas tudo bem) e jogando um vocal gutural que em primeiro lugar não era MEU plano fazer, mas como eu não achava ninguém que quisesse, tive que arriscar. A letra toca num tópico um tanto quanto abandonado pelos cristãos, que é o impacto que a ganância humana tem sobre o meio-ambiente. Esse é um tema que sempre me interessou e que eu realmente levo a sério. Já Antipathy(que de acordo com um camarada meu lembra um pouco de Anathema e Katatonia antigos) apresenta uma face de lamento individual, sentimental e existencial e quanto a isso não posso mentir: Eu mesmo passo pela situação descrita na letra por várias vezes. Inclusive com a parte de lembrar de me voltar a Deus ao invés de me trancar em meus lamentos. É algo que todos nós passamos e que como cristãos tendemos a ignorar ou fingir que não acontece conosco, mas assumir o problema é a melhor forma de combatê-lo. Claro, não posso deixar de salientar que a parte instrumental no meio desta música é também meio que uma homenagem aos góticos fãs de Sisters of Mercy, Depeche Mode, The Mission e coisas do tipo.

Você pretende levar o Crown Of Pain pros palcos?
Quem sabe? Se até o Horde conseguiu uma line-up para uma apresentação, o que impede que algum dia tenhamos num palco um Crown of Pain com dois guitarristas, um baixista, um vocalista, uma vocalista, um tecladista e um baterista? Afinal, não podemos depender do Paramaecium para sempre, certo? Na verdade, já cheguei até a cogitar fazer algo como o Imperial(banda secular gótica) faz: Eles costumam se apresentar ao vivo com um CD da bateria gravada. Talvez eu possa fazer algo do tipo, não sei...
No myspace, você descreve que o som soa como um mix de Celtic Frost, Trouble. Essas bandas são referências para qualquer fã de doom (old) ou death que se preze. Você não teme que os fãs queiram mais do Crown Of Pain, já que você gravou apenas 2 múscias? Risos...
Ah, se o pessoal quiser mais, eu disfarço dizendo que a fama estraga o underground e por isso me recuso a gravar uma segunda demo para não me tornar comercial!(risos)
Falando sério, agora, para ser sincero eu nem esperava que a reação do povo ao Crown of Pain seria tão boa. Quer dizer, pensei que seria algo que apenas meus amigos se interessariam em ouvir, mas no fim das contas, já teve nego até da Suécia me pedindo cópias de Miserere Nobis! E a comunidade do Crown of Pain no Orkut está vagarosa mas constantemente aumentando o seu número de membros! É por causa desse tipo de gente, que hoje sente a mesma fome por doom que eu sentia em 1999 que eu garanto: Ainda tem MAIS coisas do Crown para aparecer. Podem esperar que doom demora, mesmo... ah, e esse negócio de Celtic Frost + Trouble não foi invenção minha, não, mas depois que me disseram, não tenho como discordar... Ainda mais agora que o Celtic Frost escancarou o seu lado doom... [Heder babando de imaginar como será o novo do Trouble]

Você já participou de outro projeto? Acha que tenha deixado algo de importante pra traz, nesse sentido?

Sim, de 99 a 04, tive a oportunidade de me envolver em um momento bem criativo do metal extremo cristão brasileiro. Nesse período eu fiz parte das primeiras formações do Eternal Saviour e do Nostre Anime, e em um último período, fiz parte do Dynamon Dark. Eu não acho que seria justo dizer que eu DEIXEI algo para trás. Na verdade, essas bandas ADICIONARAM muito à minha pessoa. Desde conhecer pessoas interessantíssimas até a aprender como respeitar o meu próprio trabalho artístico. E o que me deixa feliz é saber que das bandas que eu fiz parte, em nenhuma delas ocorreu o fenômeno de nenhum dos ex-membros abandonarem a música. Algumas ainda existem até hoje, como o Eternal Saviour, que ainda hoje me permanece como uma boa lição de perseverança! De dificuldade em dificuldade, Eduardo conseguiu para a banda uma formação própria e está levando um ótimo som na linha Within Temptation! Mais até do que Slechtvalk, Horde, Therion e Azbuk JUNTOS, ele é o exemplo que me inspira a pensar que um dia poderei ter uma formação fixa no Crown of Pain. Já no Nostre Anime, eu aprendi a ser artisticamente ousado. A mentalidade da Nilce, em termos de experimentação artística é semelhante à de figuras como Tom Warrior e Carlos Vândalo: Respeito às suas raízes e consciência de que a melhor forma de mostrar esse respeito é fazer com que a arte daqueles que te inspiraram não seja imitada e copiada, mas sempre levada um, dois, três, quatro passos adiante. Sem essa mentalidade, eu nunca teria pensado a sério em escrever músicas sobre meio ambiente, metodologia científica e astrofísica em uma banda de doom metal cristão. E o Dynamon Dark? Me deu a experiência necessária para saber que black metal cristão existe, sim. Unblack que não. E definitivamente, não é qualquer um que tem aquilo que é necessário para tocar BM cristão. Eu mesmo não tenho, e fico feliz de ter descoberto isso ainda em ensaios.

Você é um fã de metal em geral e parece que não tem um estilo 'que o chamaria de favorito, certo?' Mas o que o levou a apreciar metal cristão e escrever sobre isso?

O que me levou a apreciar metal cristão e escrever sobre ele? Dificil descrever. Diferente da maioria dos caras ligados à cena metal, eu não tive minha época de abandonar a fé e me envolver com álcool e drogas. Comecei curtindo Pearl Jam e achando Sepultura barulhento, e antes que eu pudesse perceber já usava camiseta do Megadeth e viajava com o som do Paradise Lost e Dorsal Atlântica. E é claro que nesse processo de devorar Rock Brigade e Metal Head(lamento pessoal, mas Valhalla e Roadie Crew não existiam naquela época!) eu acabei ouvindo falar em nomes como Bride e Mortification. Bom, o primeiro CD que eu comprei do Bride foi decepcionante(era aquele Best of – The End of The Age) em comparação com o Holy Land do Angra que eu ouvia na época. E o Mortification que eu conheci(Primitive Rhytm Machine) não causou-me metade do espanto que o Genocídio – Posthumous havia me causado, por isso eu acabei não dando muita atenção(risos). Porém, certo dia, em um SHOPPING CENTER em que eu caminhava com minha camiseta do Angra, fui abordado por um cara me perguntando se eu curtia metal. O cara me deu um flyerzinho de um show que iria ocorrer com algumas bandas que eu não conhecia(eu não costumava ir muito em shows, sempre fui tímido e tinha lá meu medo dos “metaleiros drogados”). Com muito esforço, percebi que aquela coisa grotesca no alto do papelzinho era na verdade o logo de uma banda que eu já tinha lido a respeito na Brigade: Antidemon. Resolvi dar uma chance ao metal cristão ao vivo, e lá fui eu. Além de Antidemon rolou também o Áquila(hoje Destra) e outra banda que não me lembro. As duas foram sem brilho nenhum para mim. Mas quando o Antidemon entrou... Aquelas caras feias(risos) e as guitarras lotadas de adesivos quase me fizeram ir para casa(mais risos), mas não precisei de mais de 10 minutos para me sentir em casa com aquela barulheira toda. Após o show eu comprei a demo da banda. E fui embora. Semanas depois descobri que eles costumavam tocar meio frequentemente no Copan e fui vê-los. Vendo aquele monte de bandas de diferentes estilos e igual motivação... Bom, o resto é história!

Que bandas você destacaria na cena atual do metal cristão? E me conte quais são 10 álbuns favoritos.
Hum... O cenário ATUAL do metal cristão não é algo que eu tenha acompanhado muito de perto, pelo menos nos últimos três anos(risos), mas ainda existem alguns nomes que merecem ser citados: O Crimson Moonlight, em primeiro lugar, por ter abandonado o black metal e encontrado definitivamente o seu estilo no death metal grotesco com letras teológicas gigantescas, bem como o Narnia, exemplo de que o cristão passa por suas crises, mas nunca desiste da luta. Bem, como disse, não tenho muitas ATUAIS para destacar... Sei que algumas bandas cristãs(principalmente as de metalcore) tem conseguido bastante destaque na cena secular, mas eu não escuto a maioria delas, infelizmente.1.Iron Maiden - Somewhere in Time2.Angra - Holy Land3.Paramaecium - Within the Ancient Forest4.Bride - Live to Die5.Celtic Frost - Morbid Tales6.Candlemass - Nightfall7.Sarcófago - The Worst8.Mortification - Scrolls of the Megilloth9.Edge of Sanity - Crimson10.Crimson Moonlight - Veil of Remembrance

Rola algum desconforto pra alguma bandas cristãs serem chamadas de white-metal. Qual seria o seu problema com isso?
White metal é coisa de branco, eu sou é afro!(risos) Na real, a minha visão sobre o termo white metal é meio diferente da comumente aceita. Em primeiro lugar, eu não vejo black metal especificamente como metal com letras diabólicas, mas sim como algo mais voltado à noção de negação dos valores da religião e da espiritualidade. ISSO é true black metal nos moldes apresentados pelas letras do Sarcófago e Venom. Seguindo essa lógica, considero como white metal não especificamente o metal cristão, mas todo o metal que apresenta uma visão centrada na RELIGIÃO como tema principal, não importa QUAL a religião que a banda adota. Assim, nesse sentido, o Therion é uma banda white(Magia gnóstica), assim como o Acheron(Satanismo), Orphaned Land(Judaísmo), Mortification(cristianismo) e muitos outros. Tendo em vista essa questão, o MEU problema com isso é que eu tenho a minha religião(cristianismo) e respeito o direito das pessoas escolherem as suas religiões, por mais estranhas ou erradas que me pareçam. Além disso, não podemos esquecer que o próprio termo white metal sempre carregou uma conotação de “bible bashing”. É uma questão longa e eu poderia esticar a discussão por muito tempo e ainda deixá-la em aberto, então prefiro concluir essa questão dizendo algo que quando as bandas me diziam, eu nunca entendia completamente: Crown of Pain não é uma banda cristã. É uma banda de metal cujo único membro é um cristão, aborda temas cristãos em suas letras, vive a vida cristã, mas sabe respeitar quem quer apenas ouvir bom metal.

Eu não vejo hoje em dia aquele espírito 'christian metal' entre as bandas como era antigamente. Acho que metal cristão se tornou apenas um 'estilo musical' e o que ele representa, parece não ser mais o que foco de muitas bandas. Você tem algo a dizer sobre essa dura crítica a uma cena pela a qual eu amo e que você é testemunha isso........!!!?

Acho que a questão anterior respondeu um pouco disso. Quer dizer, o problema não é o pessoal querem levar as suas bandas para serem bandas bem-sucedidas do metal. O problema é as pessoas usarem a desculpa do metal cristão para passar a vida inteira “tocando pra crente” fazendo caras de metaleiros malvados e não fazendo o que deve ser feito pelo VERDADEIRO metal cristão: Evangelizar os que não conhecem a Cristo! Ah, claro, há o OUTRO problema também: A banda que se diz cristã e que quando alcança um pouco de fama passa a renegar tudo o que fez que levava o nome de Cristo. Trocam Deus por Baal, para dizer de forma simples. Exatamente, estou falando SIM do Evanescence!

Last words ??
Last words? Jamais! Eu apenas vou parar para respirar um pouco, mas qualquer um dos leitores que quiser continuar essa conversa, fique a vontade para me mandar um e-mail:
gladius_dei_br@hotmail.com, visitar o site do Crown (http://crownofpain.cjb.net). Se você não quer conversa, quer som, visite www.myspace.com/crownofpain e aumente BEM o volume!
E a você, Norman, eu só posso agradecer! Tanto por esse espaço aqui e agora no seu e-zine que só Deus sabe o esforço que você tem para manter como um testamento daqueles que ainda lêem fanzine de papel e sabem o valor que eles têm(isso é algo muito dificil de colocar na cabeça do povo, hoje em dia). E é claro, correndo o risco de soar pessoal e piegas demais, obrigado pela amizade e apoio sempre presentes desde os tempos de The Book Zine e pelas inúmeras AULAS de metal cristão!
Pra acabar, agora, eu prometo: Leitor, não importa se você vai ou não em alguma igreja, quer ou não ter uma banda ou se você vê ou não algum sentido nesse falatório todo. Lembre-se, acima de tudo: Deus te ama, te conhece, sabe do seu problema e se Ele está permitindo que você passe por ele, acredite, não é à toa. Não perca a confiança nele. Dê-lhe a chance de agir e veja como Ele pode te surpreender.

Entrevista com Berith

Entrevista Outubro 12, 2006.

A banda Berith [death /m surgiu em 95, formada por Cláudio Tibérius (Drums), Carlos Sheminyth (Bass/ Vocal) e Leandro Walczak (Guitars ). O primeiro nome da banda era Devil Cruscher, e como o próprio nome sugere, eles eram chamados de ‘white metal’ . A banda resolveu mudar o nome para Berith, pra não rolar nenhum tipo de bloqueio por eles serem cristãos. Ao contrário de algumas bandas white-metal da época o Berith continuou na estrada, sem pretensão de converter as pessoas, se envolvendo com meio secular, onde tocaram com várias bandas [ By War, Violent, Funeral Putrid, Side Effects, Krophus, Oligarquia, Lethal Curse, Death Poems, Sanatório Krisiun, Pentacrostic, Centauro e Torture Squad ] que dividiam o mesmo pensamento, que era tocar death metal. A banda deu um stop por um longo tempo, e agora volta pra continuar o que tinham deixado pra trás. Na entrevista a seguir, o baterista, Cláudio Tibérios, nos conta um pouco mais sobre a história do Berith.
By Norman

Sin- Killer - Primeiro deixe me perguntar... Você é Pastor ?Claudio Tibérious - Sim... Mas não se preocupem... Não quero o dinheiro de ninguém!!!!! rssssss

Vocês gravaram uma música com o nome ‘The Fall Of God”. O Metallica também tem uma música com esse mesmo nome. E parece que todos achavam que eles eram ‘from hell’ por causa disso. O títulos das músicas do Berith não deixa pista nenhuma que se trata de uma banda Cristã. Vocês decidiram fazer isso pra fugir do inevitável rótulo White Metal?

A verdade é que éramos uma banda denominada White, o Devilcrusher. Em 1994 tocamos com o “Dorsal Atlântica” no Rio de Janeiro, isso abriu nossa mente, e com o modismo que virou o White Metal decidimos sair desta cena e ser uma banda como qualquer outra que vai atrás de seus objetivos e luta por aquilo que acredita, não que as bandas cristãs não o façam, mas tocar na igreja e de vez em quando conseguir um show num lugar secular com um monte de banda cristã tocando é fácil. E como você mesmo disse na news do seu site, o Berith é meu projeto secular, ou seja, nada tem a ver com White Metal, mas voltando, não estávamos mais acreditando no movimento White. A música The Fall of God como todas as outras contam a história do sofrimento da humanidade ao longo da história... Inclusive histerias bíblicas. A música em questão fala da morte de Cristo. Os títulos fazem parte da história.

Os cristãos não consideram o Berith como White Metal, mas os “não-cristãos”, sim. Como você lida com isso?

Bem, as pessoas informadas e que nos conhecem não pensam assim. Sabem que somos pessoas comuns, que acreditamos em Deus e procuramos seguir o exemplo de Jesus e sabem que gostamos demais de Heavy Metal, por isso quem nos rotula não nos conhece.Muito Prazer!!!

Vocês chegaram a mudar o nome da banda, para não serem realmente confundido com uma banda “cristã”. Até onde isso é verdade. Poderia comentar?

Como eu disse, éramos o Devilcrusher e nos tornamos Berith com os mesmos membros. Alguns amigos que não freqüentam igreja ou coisa parecida, mas gostavam de nosso trabalho anterior, chegaram a questionar esta mudança, mas com o passar do tempo viram que foi uma decisão acertada, pois mostramos nossa cara para o público no geral.
Você tinha me contado em “off’ que alguns fanzines não fizeram resenhas da demo do Berith... por saberem que vocês eram cristãos, conseqüentemente, “White Metal”. Isso seria um dos motivos pra odiar o “White Metal”?

Norman, em todos os anos de Berith, saímos em vários fanzines dedicados a música extrema sempre com boas resenhas por causa do nosso som e alguns “zines” recusaram fazer resenha sim, mas isso nunca foi o problema. Nós nunca dissemos que odiávamos isso ou aquilo, simplesmente não poderia mais compactuar com aquilo que não acreditávamos mais e ainda, mesmo respeitando algumas bandas, não acreditamos. É só ver o número de bandas com membros cristão que hoje em dia não suportam este rótulo, mas odiar? Isso não... Rock é Rock e em qualquer meio tem bandas legais e bandas ruins...

Qual foi a causa do fim da banda?

Nós nos perdemos no meio do processo de ser banda e estarmos focados naquilo que entendíamos ser à vontade de Deus para o Berith... Com isso vieram os desacordos, cobranças, e o cansaço nos tirou a paciência uns com os outros. Este tempo parado fez com que amadurecêssemos e hoje estamos de volta.

Você é um cara bastante envolvido com o meio secular. Inclusive já tocou em banda não cristã. . Conte um pouco sobre o seu trabalho e diga o nome de algumas bandas que você trabalhou.

Na verdade não cheguei a tocar com bandas não cristãs com exceção do próprio Berith, mas organizei festivais beneficentes onde bandas não cristãs participaram, trabalhei com os vídeos das bandas Torture Squad, C.O.A., Panzer e Reviolênce, captando imagens e editando. Sou um cara comum que gosta de fazer amizade. Se alguém não quer ser meu amigo tudo bem, cada um na sua, respeito isso e me coloco no meu lugar, mas ao longo destes quase 25 anos trabalhando no meio metal sempre tive muita gente legal ao meu redor...

O Berith já foi confundido com banda de black-metal. Esse assunto é um pouco polêmico. Um dos estilos musicais que mais cresce no underground cristão é o black-metal e são de fato, ótimas bandas. Como você pensa sobre essa questão “Black Metal” no meio cristão? Você pensa como o Steve Rowe, o criador do termo “UnBlack Metal”?

Não sei o que exatamente o Steve Rowe pensa, mas para mim qualquer banda que se diz cristã e usa o termo Black Metal Cristão não sabe nada de ideologia. Os caras que curtem Black Metal mesmo, não vêem isso como estilo musical, mas uma ideologia. Se bem que pensando em Brasil algumas pessoas tem isso como modismo, ou um meio de externar alguma frustração, pois o respeito é a base de qualquer ideologia quer ela seja para o bem ou para o mal.

Como foi a época em que você esteve no Death Poems?
Foi muito bom. O Evandro é um grande amigo e desde o começo ele já sabia que meu desejo era voltar com o Berith. Até o incidente com a banda Death Poems na Casa de Cultura teve um reflexo positivo. [ Nós fomos tocar com 2 bandas seculares e cuspiram na banda. Jogaram latas de cervejas e mostrando o p... (melho não publicar isso)... Um cara subiu no palco pra bater no Evandro, então eu tive que intervir e graças a Deus, não aconteceu algo pior]
Você é cristão, mas que não se limita musicalmente. Como é estar nesse meio sem abrir mão dos princípios cristãos?

Já teve algum trabalho que você se recusou ou pensou em não fazer, por ser muito ofensivo ou contra o cristianismo?
Meu, eu acredito que Deus chama e capacita. Quando estou com amigos que não tem a mesma conduta que eu, sempre lembro que Jesus, onde estava, influenciava. Se eu me deixar influenciar pelo meio, estou no lugar errado e pior, desobedecendo a Deus por não estar no lugar que Ele gostaria que estivesse... Quanto a trabalhos recusados... Lembro de uma vez ter tentado editar um festival Death/Black e deu tanta coisa errada que acabei não fazendo o serviço e fui indicado para fazer cópias do material da tour de 2002 do Krisiun, mas por algum motivo não rolou.

Eu tentei fazer uma entrevista com uma banda chamada Elevuetie. Eu tinha lido em algum site, que eles eram uma banda de celtic/pagan metal (cristã). Foi um equívoco muito grande, pois o cara me fez alguns insultos, dizendo que a banda dele não tinha nada a ver com metal cristão e que ele não sabia de onde isso tinha saído. No caso, a banda dele, faz parte do selo Fear Dark, que todos pensam que só tem bandas cristãs. Foi uma experiência diferente das que costumam acontecer... E você já passou por algo parecido ou já se surpreendeu assim?

Que eu lembre não... Que história bizarra...

Sem dúvida, um dos maiores fanzines do meio cristão, é “O Extreme Brutal Death”. E foi o dono do fanzine que ressuscitou o Berith, que no caso tem também um selo “Indie”. Como aconteceu o “acordo” entre vocês?
Eu vinha tentando, sozinho, lançar o cd do Berith, mas não conseguia. Conversei com dois grandes amigos, o Sandro Baggio e o Fábio Ramos que me deram o maior apoio sobre a volta da banda. Na mesma semana o Cássio me procurou propondo o lançamento do CD.
Marcamos um ensaio e após 5 anos a química estava lá. Um ensaio e entramos no estúdio e o trampo taí, muito bem feito com um tremendo capricho. Ótimo trabalho do Cássio e da Extreme Rec. E pelas conversas que tenho tido com ele, o termo White Metal está bem longe do “zine”...

A capa de Symphony Of... é bem sombria. Mas não assusta tanto quando a do Clemency (.Spiritual Domination..) Me conte como foi criada a arte, baseado apenas nas letras ...
O trabalho é conceitual, as letras são seqüenciadas. O Edão, que toca no Reviolence e foi batera do Panzer é um grande amigo e mexe com artes também. Eu falei das letras e principalmente da The Empire e assim, capa foi feita. Toda a idéia foi do Edão... Grande trampo.

Vocês já estão com planos também pra voltar aos palcos? Quais são as bandas que você gostaria para fazer alguns shows juntos?

Nós já tocamos com Torture Squad, Side Effects, Oligarquia, Krisiun, Sanatório, dentre outras. Tem muitas bandas boas no País. Não dá para dizer que tenho preferências, uma vez que o mais importante é dividir o palco com amigos e tomar aquele guaraná ou água no final do concerto... A cerveja, deixo para os amigos... rsssss

Bom, quais são suas últimas palavras?


Pois é Norman chegou o dia... Quero agradecer muito pela oportunidade e espero que os rótulos sejam deixados de lado de uma vez com relação ao Berith,
Estou aberto a perguntas, comentários, criticas, sei lá – claudiotiberius@hotmail.com
berith_metal@hotmail.com
Fiquem com Deus. Acreditando ou não...

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