SIN KILLER webzine – Interviews: 4/1/11 - 5/1/11

Sunday, April 24, 2011

Tormented Death:. Marlos Vasconcelos

Arquivo SIN KILLER 2007


killer logo

Tormented Death foi uma das primeiras bandas, que pegou praticamente o começo do white metal no brasil. Já causando uma certa polêmica, por se rotularem splatter, que numa tradução mais precisa seria isso: [mutilações, doenças, descrições de estados de decomposição da carne e dos tecidos vivos.] e por ser um estilo que ainda não era popular no underground cristão, eles acabaram ganhando ‘mais fama (??)’ com isso, apesar do pouco tempo de vida.. Formada mais ou menos em 91/92 ,por Marlos Vasconcellos (guitar), Carlos (Vocal), Jr (Bass) e Crystian (drum), ficaram conhecidos na cena, mas encerrou as atividades sem deixar nenhum material lançado. E para explicar isso, um dos criadores, fala aqui, sobre o Tormented Death ... Com a palavra, Marlos Vasconcellos.
marlos_vasconcelos@yahoo.com.br
By Norman

O pessoal mais old school deve lembrar de você, quando ainda estava no Tormented Death. Mas alguns devem ser com eu, que lembra daquele testemunho publicado na revista metal mission. Nos conte um pouco sobre a sua história. Porque o Tormented Death não chegou lançar nenhum material?

Marlos -Eu fui um dos pioneiros do movimento White Metal em Curitiba. Converti-me ouvindo uma fita K7 do Stryper, Soldiers Under Command, isso em 1988. Passei então a ser evangelista no meio dos headbangers de Curitiba. Devido à inexperiência no inicio da minha vida com Deus, arrumei muitos problemas com eles, pois queria enfiar o Evangelho goela abaixo naquele povo. Como a cena black metal sempre foi forte e há cerca de 12 anos atrás não havia muita gente envolvida no metal cristão, eu era muito visado pelos os satanistas. Daí surgiu o testemunho de quando levei aquela surra por parte dos discordantes da pregação da palavra de Deus. O Tormented não lançou material porque no auge da banda, , o baterista e o baixista deixaram a banda, e eu e o Carlos tomamos rumos diferentes.

E como foi que você se tornou metalhead cristão? Teve influência de alguma banda?

Como disse anteriormente, o Stryper foi minha principal influência musical e espiritual...

Pelo o que sei, o TD, seria a única banda splatter cristão no underground na época. Era exatamente esse estilo definido por vocês?

Era sim! Pois as letras escritas pelo o Carlos falavam da podridão, de uma vida sem Deus. Ele procurava temas splatter na Biblia, o incrível é que ele encontrava. Risos!!!
Musicalmente éramos influenciados pelo Carcass,Cadaver, Autopsy...

Com fim do TD,você não pensou em montar nenhum outro projeto? Você também sumiu da cena. Você poderia nos falar sobre esse anonimato... risos

Queria na época até montar uma outra banda, mas sei lá , Deus nos usa de outras maneiras também. Passei um tempo fora do White e quase abandonei a fé. Tive problemas sérios em minha vida pessoal, mas quando penso no que Jesus fez por mim na cruz, e tudo pelo o que já passei pregando o evangelho, sinto vergonha de ter pensado em deixá-lo... Hoje estou bem, sendo restaurado em todas as áreas. Deixei a guitarra de lado e estou há alguns anos estudando canto lírico. Pretendo ainda montar uma banda de Prog metal ou hard rock comigo nos vocais.

Por onde anda os outros membros do TD?

Jr - Belo Horizonte - MG
Crystian Anderson - Curitiba - tocando rock n roll antigo
Carlos Nogarolli - Curitiba - Tocando numa banda de heavy tradicional

Você tinha falado que tinha um material da banda guardado para um futuro lançamento... Nos fale sobre esse material, que poucos deve ter tido acesso...

Tínhamos uma ‘demo’ ensaio gravada com o Claudio Tibérius (Berith) na bateria... Confesso que não sei onde foi parar esse material.O Crystian queria gravar as músicas antigas em estúdio e até que eu gostei da idéia, mas por enquanto, isso não é possível , mesmo porque minhas prioridades são outras.

Acredito que você esteja acompanhando a cena ‘white metal’ , visto que ajudou muito no começo. Como é que você ver a cena hoje em dia, comparando com o começo, do qual participou... O que realmente você não esquece daquele tempo?

A cena atual mudou bastante em função da falta de comprometimento de muita gente, envolvida nesse meio. Virou uma oba-oba e tá na modinha montar uma banda de white. Mas em compensação surgiram as comunidades underground e isso foi muito legal cara!!!! É uma grande benção termos hoje a Zadoque,Golgota, Metanoia e outras.

Ser um músico underground e tocar numa banda de um estilo bem incomum, e ser cristão, é um tarefa pesada, na minha opinião. Você poderia nos contar o que aprendeu com isso? Como é servi ao mestre Jesus Cristo, em meio a tantas lutas... Tantas dificuldades, sofrimentos e dor...

Aprendi que a maior oposição ao white metal não vem do mundo, e sim das próprias igrejas evangélicas. Essa sempre foi a nossa maior luta, principalmente nos anos 80. O lado bom e delicioso é sentir a presença de Deus em todo esse trabalho. Depois de muita insistências começamos a ser aceitos entre os headbangers seculares. Até hoje temos grandes amigos dessa época. Os que ainda não se converteram aprenderam a nos respeitar pelo que somos.

Nos tornamos amigos já algum tempo e confesso que o considero importante na cena. Sempre estou falando contigo sobre isso. Esse show que Stryper vai fazer no Brasil, mexeu com seu coração, não é?

Ah sim cara!!! Não posso perder de ver meus pais na fé! É um sonho, prestes a virar realidade!

Outra banda, da época do TD, voltou recentemente, com a formação original. O polêmico, Berith. O que você acha disso? E será que existe uma possibilidade do Tormented Death voltar?

Achei o máximo.. Aprendi muito com o Claudio Tiberius, tivemos uma pequena mas boa convivencia.Ele é um cara que admiro muito por sua fé e espírito de luta. Desejo o melhor a esses irmãos e que a banda consiga atingir a todos os seus objetivos. Sobre a volta do Tormented, Só se fossem com outros músicos, porque o pessoal que estava comigo tomou um direcionamento bem diferente. Eu teria que orar a Deus pra confirmar a vontade DELE pra minha vida e se realmente é necessária a volta da banda.


Você está estudando vocal e ouvi uma prévia, da música Dust In The Wind (Kansas) e gostei bastante da versão... Risos. Nos conte sobre esse sonho de ser um grande vocalista de heavy metal... Parece-me que ‘power - prog metal’ é o que você anda ouvindo, não?

Sim, ouço muito prog. Estou começando a reunir uma boa turminha aqui pra gente começar alguns ensaios. A idéia é fazer um som na linha prog mesmo! Obrigado pelas boas críticas sobre a versão de Dust in the Wind, que fiz. Essa música foi escrita pelo o Kerry LIvgreen , (Kansas) que tem uma carreira solo no meio cristão.

Eu também sei que você escreve poesias... Já li algumas delas num velho blog seu e achei bastante sombrias... Poderia contar sobre esse lado ‘escritor’ seu?

Eu escrevo desde muito cedo. Com aproximadamente 11 anos de idade comecei a escrever poesias e crônicas sobre a minha vida. Sem duvida vivi alguns momentos sombrios que relatei em versos. Acho que todo artista tem um pouco de
tudo...Escritor mú sica, ator...

Bom o grand finale é contigo. Espero que tenha gostado da entrevista. Nos vemos no show do Stryper em agosto.

Obrigado pelo espaço Norman!! Que Deus continue abençoando muito você e seu trabalho com 'fanzineiro'. Já tenho presenciado grandes bênçãos na sua vida!!!!
E que venha o Stryper!!!!!!!!!!!

Threshold

Arquivo SIN KILLER  2007


Threshold - Umas das primeiras banda a fazer prog metal, ao lado de bandas como Dream Theater, estão conquistando fãs do estilo ao redor do mundo. ----------------------------------------------------------------------------------------by Norman

Entrevista com o Tecladista - Richard West


Eu li em algumas revistas e sites, e notei que o Threshold está entre as Top Progresive Metal Bands. O que você acha disso e como são os fãs do Threshold?

É uma grande honra para nós do Threshold ser considerado no mundo do Prog Metal e nossos fãs são os melhores do mundo.

Você poderia nos contar como foi o começo de sua banda e porque vocês escolheram tocar prog metal... O que você acha da cena prog atual?

Threshold foi formado em 1988 tocando heavy metal, mas o guitarrista Karl Groom e o baixista Jon Jeary eram muito influenciados por rock progressivo e então isso se tornou a parte mais importante do som na banda. Quando nos gravamos nosso primeiro álbum em 1992, nos não conhecíamos nenhuma outra banda que tocasse esse estilo e nunca esperamos um grande sucesso. Agora há muitas bandas de sucesso tocando prog metal e ainda acho que o gênero soa novo apesar de 13 anos de existência.

Muitos críticos dizem que muitas bandas de prog metal são autênticas cópias de bandas como Dream Theater. Qual sua opinião a respeito disso. O que é ruim ou bom nisso e como tem sido os reviews a respeito do Threshold nesse caso.

Eu penso que muitas bandas têm essas influências. Mas se você está apenas influenciado por uma banda, como Dream Theater, então seria melhor que fizesse um tributo a banda. O Threshold começou no mesmo tempo que o Dream Theater e nós compartilharmos as mesmas influências - tão quanto como Genesis, Queen, Rush, Pink Floyd, Yes, Testament, Deep Purple, Black Sabbath, mas nós não somos influenciados por Dream Theater exceto que nós queremos ter os melhores reviews como eles.

Como é a cena Prog Metal em seu País? Você poderia citar algumas bandas?

Infelizmente não há uma cena britânica de prog metal. Threshold é quase a única banda. A cena européia é muito melhor, e essa é a razão pela qual nós fazemos a maioria de nossos shows no continente europeu.

Theshold é uma banda que se preocupa com o mundo? Vocês tentam passar uma mensagem positiva para os fãs? Poderia mencionar uma música e falar sobre isso.

Claro que nos preocupamos com o mundo. E esperamos que nossas músicas façam as pessoas pensarem um pouco mais... Não é sempre que temos uma mensagem positiva, mas usualmente tentamos apontar para um futuro mais positivo. Uma música como "Torn To Shreds" é um bom exemplo - (do álbum Replica), ela é uma simples olhada de como estamos destruindo o mundo. Obviamente uma música não vai salvar o mundo, mas mesmo assim nós esperamos que possa ser uma pequena parte de um movimento de nós todos em busca de mudança.

O que você pensa a respeito de bandas cristãs?

Bem, eu vou para uma igreja evangélica, mas eu não sei nada sobre bandas cristãs. Não sou um "expert" nessa área.

Conte-nos um pouco sobre o DVD e o CD ao vivo. O que sabe sobre o Brasil?

O DVD foi um grande sucesso. Nós gravamos num pequeno local numa avenida da Hollanda. Fãs de vários lugares do mundo veio nos ver. Executamos algumas músicas de cada álbum do Threshold, então seria uma algo como the best of, ou greatest Hits, mas tocadas ao vivo. Isso é um grande meio de você ver a banda, já que eles não foram eu seu país. Nós amaríamos ir ao Brasil, mas vejo que isso não é possível no momento. Nós já temos muitos fãs no Brasil e seria demais tocar ai e encontrá-los.




trad. Norman/ Maxsuel [from Destra]

The Chariot



Tínhamos até desistido de postar essa entrevista do The Chariot, não pela importância deles, mas pela demora de nos responderem. Mas tudo bem Josh, nós relevamos só por que a tua banda é 'beep'. E também terem feito questão da entrevista ir ao ar.
Então aqui vai a conversa que eu tive com nada mais nada menos que Josh Scogin. Vou até mostrar pra minha mãe.

Existe alguma possibilidade do The Chariot mudar seu estilo musical, como aconteceu com o Norma Jean desde que Josh saiu da banda?

Eu duvido.

Me conte à respeito do último álbum da banda, “Long Live”. O que os fãs da banda podem esperar?


É um álbum muito divertido e lunático, com algumas torções e reviravoltas que são (felizmente) inesperadas.

O clipe “David De La Hoz” é muito louco. O vídeo contém algumas mensagens escondidas (mostarda…)? Afinal, quem é David?

Temos algumas supresinhas no vídeo. Nada muito profundo ou coisa parecida. David é uma pessoa que apenas gosta da nossa banda e tem nos apoiado há anos. Tanto que agora ele é um amigo nosso.

Vocês possuem algum outro trabalho fora o The Chariot quando não estão em turnê?

Vivemos apenas do The Chariot.

Do que a banda precisa para fazer uma boa performance no palco?



A energia de tudo colabora. As luzes, o público, a música, etc.

Quais são as bandas que influenciam no som do The Chariot?

Muito James Brown, Jerry Lee Lewis… Nós amamos vários roqueiros das antigas.

Você está satisfeito com o que o The Chariot têm realizado? Se não, o que está faltando? 

Oh sim. Estou muito satisfeito tanto como um artista como um fã da música.

Há alguma possibilidade da banda tocar no Brasil em breve?

Certamente eu espero que sim, apesar de não temos nada agendado por enquanto.

Fonte:. Esse artigo foi escrito por Shára. HORNSUP

Saturday, April 9, 2011

Entrevista com Underoath

O Ex-Norma Jean e atual baterista do Underoath, Daniel Davison, participou de uma entrevista com o site Absolute Punk. Davidson comentou sobre o seu retorno a cena musical em 2010 após abandonar a carreira em 2007, sua entrada para o Underoath, as gravações do novo álbum, entre outras coisas. Confira a entrevista toda logo abaixo:
O que passou pela sua cabeça quando você pisou de novo em um estúdio? Eu ouvi dizer que você estava trabalhando com Colour Revolt antes mesmo de conversar com o Underoath.
Quando eu voltei,  foi em fevereiro do ano passado, eu estava em estúdio com o Colour Revolt. Eu estava praticando algumas vezes com eles. Eu acho que o sentimento inicial aconteceu quando eu estava tocando no ensaio pela primeira vez em, sério, três anos. No estúdio eu me senti muito bem em voltar naquele ambiente criativo, onde as idéias estão fluindo. Apenas ótimas vibrações com ambas as bandas. Gravar com o Colour Revolt, foi bem mais curto. Nós gravamos o álbum inteiro em, eu acho, que seis dias? Nós gravamos direto na fita. Gravamos tudo ao vivo. Então eles voltaram e gravaram os vocais. Foi divertido porque eu nunca havia gravado ao vivo. Com o Norma Jean, nós fizemos um álbum que foi basicamente ao vivo, mas tivemos que voltar e consertar algumas coisas. Com o Colour Revolt o que você ouve é o que você tocou, o que é algo realmente especial. Então graver com esses caras [Underoath], ficamos em estúdio por umas sete, oito semanas. E foi super incrível. Foi muito criativo. Eu nunca havia gravado com Matt Goldman, mas eu sou amigo dele de longa data, pois nós dois morávamos em Atlanta.

Sobre as experiências de gravações diferentes? Com qual você se sentiu mais confortável? Onde você se sentiu mais no seu elemento como baterista?
Eu acho que me senti mais como um baterista no Underoath, por causa da minha experiência [em música pesada]. Eu não me senti desconfortável tocando com o Colour Revolt, porque havia muita energia e paixão na música deles. Eles tem sido uma de minhas bandas favoritas há uns quarto anos. Eu acabei conhecendo eles por amizades em comum. Eu não diria que me sinto mais confortável em um ou outro, eu estava confortável [trabalhando] com os dois. Só digo que me sinto mais um como um baterista no Underoath e gravando com eles.

Gravando este disco, o que passou pela sua cabeça depois de ter tocado no Norma Jean por tanto tempo, e que elementos você trouxe para o processo de gravação deste álbum e o que você quer deixar pra trás, como um baterista?
Eu não sei. Eu não fiz com consciência [a decisão tomada]. Foi tudo adaptado à música. Eu sempre fui uma espécie de baterista orientado pelo ‘groove’ . Eu não estou tentando ser excessivamente técnico para o bem da música. Eu acho que uma coisa que estou tentando tirar, que foi diferente no Underoath [do Norma Jean], foi o pedal duplo. Eu queria testar desta maneira. No material antigo do Norma Jean eu usava muito. Obviamente, quando toquei com o Colour Revolt, eu gostei, onde eu meio que tirei algumas partes do kit da minha bateria, e resolvi fazer a mesma coisa com o Underoath. Eu quis trazer partes com groove e técnica [para as gravações] e não em toda parte. Isso não é de maneira alguma uma crítica ao Aaron [ex-baterista], porque ele é um baterista fenomental, e nós apenas temos dois estilos diferentes.
Você, pessoalmente, se sentiu fora do lugar no estúdio entre o resto dos integrantes?
Não mesmo. Você conhece a história entre Norma Jean e Underoath em um todo. Nossas banda basicamente cresceram juntas. Eu conheço esses caras há uns dez anos.
E quando você inicialmente foi mostrado às demos? Eu sei que estavam trabalhando em algumas coisas na turnê de inverno do ano passado.
Eu não sei. As demos que eu escutei vocês também escutaram.
Eu não tinha escutado nada, só ouvi dizer que estavam gravando demos.
Ah, eles acabaram jogando boa parte daquele material fora. Eles enviaram cerca de três ou quatro demos. O Tim mandou trechos bem básicos das músicas, só para eu ter algo para tocar quando chegasse lá. Basicamente nós tínhamos um mês até as gravações. Quando o Aron saiu, eles ficaram sem muito tempo para perder, já estávamos na metade de Abril. Então a gente tinha só um mês pra ver se ia dar certo. Cheguei lá esperando algo do tipo, “bom, vamos tocar algumas músicas velhas e ver como você se sai.” Mas não teve nada disso. Já começamos de cara escrever músicas novas. Eu gostei bastante das demos. Elas estavam bem pesadas e com uma sonoridade bem cru. Não tinha vocais. Eu gostei das três que eles me enviaram. Eu montei o kit da minha bateria no quarto de hospedes da minha casa e fiquei tocando essas demos durante dois dias e acabei memorizando as minhas partes. Depois disso eu acordei e fui pra Tampa.
Qual foi a reação deles?
Eu estava um pouco nervoso, porque o Aaron era um grande baterista e esteve na banda por tanto tempo. Eles falaram logo de cara que não queriam alguém que tocasse igual ele, queriam que eu tocasse da minha forma. Eles realmente queriam que esse disco fosse um divisor de águas pra eles, um novo capitulo. Eu fiquei bem animado com o que eles falaram e mostraram logo de cara. Eu do lado de fora do estúdio, escutava eles falando e percebia o quanto estavam animados. Eu ligava pra minha esposa e ela virava falando, “Sim, vai dar tudo certo.” Mesmo assim, ninguém sabia direito o que ia acontecer até alguns dias depois quando eles me chamaram e falaram que queriam que eu voltasse pro estúdio para escrever esse disco com eles. Dali pra frente às coisas caminharam muito bem. A gente produziu mais do que precisávamos. Eles tiveram que decidir em duas semanas se eu iria continuar, porque caso contrário iria afetar todo o ano. E depois da primeira semana já vimos que a minha entrada pra banda não iria atrapalhar o restante do ano. Mas isso não quer dizer que estávamos contentes em ensaiar todas as noites até 2 da manhã. [risos]
Você acha que a sua saída da cena musical foi uma coisa boa pra você?
Acho que foi uma coisa positiva sim. Era uma coisa que eu precisava fazer, sair do Norma Jean. Foi difícil, mas sentia que era um passo na minha vida pessoal que eu tinha que dar. Eu não estava procurando uma outra banda logo de cara. Eu estava fazendo as minhas coisas em Atlanta. Eu estava ocupado e ai apareceu à oportunidade com The Color Revolt e acho que isso meio que me animou novamente para a área musical.  “Porque é que eu não estava fazendo isso?” e não em um sentido negativo, mas num sentido de algo que eu gostava de fazer e estava animado em fazer. Com eles, foi algo muito bom. Depois o Tim me ligou e perguntou se eu queria tentar entrar pro Underoath, e eu estava prestes a sair de Atlanta, o que me deixaria ainda mais longe do Color Revolt. Acho que no final das contas as coisas acabaram dando certo para todos.
O que você acha de bandas como Norma Jean, Underoath e The Chariot estarem ativas até hoje, progredindo durante todo esse tempo? Qual o motivo para essa longevidade e como eles conseguem até hoje agradar a novos e velhos fãs?
Honestamente, eu nem sei explicar direito. É estranho. Tem um grupo restrito de bandas, esse grupo bem pequeno… Acho que havia algo especial entre 2001 até 2005. Um tipo de criatividade que estava surgindo, e essas bandas acabaram se encontrando e fazendo turnês juntas. Essas bandas ficaram direto na estrada, durante todos esses anos. E os fãs pegaram isso e levaram pra frente, passaram pra próxima geração. Mesmo assim, é legal ver a diferença de idades entre os fãs. Alguns que gostam das mais antigas. Outros que cresceram escutando você. É legal ver isso. Depois tem aqueles que acabaram de conhecer a banda. Não acho que existe uma formula para o sucesso. Sendo bem sincero, essas bandas tem muita emoção e paixão. Nenhuma delas acabou entrando na cena para aparecer. Eles vieram de uma época antes do MySpace, diferente da cena atual, e eu não vou criticar nenhuma banda em particular, mas as coisas são diferentes hoje. As coisas hoje são baseadas em um download, tudo acaba virando descartável depois. Antes você tinha que procurar as bandas e seus CD’s. Talvez um amigo seu comprava um disco e te mostrava, e isso te animava pra conhecer a banda. Era uma coisa mais calma que visava mais uma diversão e não um processo todo burocrático. Só buscávamos diversão. Eu sou grato por ter participado dessa  cena.

 Fonte:. MPSIROCK

Friday, April 8, 2011

Rex Carroll Band

O site Christian Metal Mayhem fez mais uma super entrevista com uma lenda da música gospel. Rex Carroll, ex-guitarrista da banda Whitecross. Leia a entrevista completa em Inglês aqui ou clique no link Leia mais... para ler as principais perguntas e respostas em Português traduzido pelo site .gospel.
Whitecross, King James, and Rex Carroll Band's
Rex Carroll

interview by Ian Keith Hafner
March 15, 2003

Ian: Como vão as coisas?
Rex: Muito muito ocupado, muita coisa acontecendo.

I: Vocês fizeram um show semana passada?
R: Yeah.

I: Onde é que foi?
R: Nós tocamos em bares porque por enquanto não temos gravadora e nós estamos de baterista novo o que é muito bom.

I: Sério? Qual o seu nome?
R: O nome dele é Jeff e ele me lembra de quando eu costumava a tocar com Robert Sweet, mas com as coisas um pouco mais sob controle.

I: Bom, posso te perguntar um pouco sobre Whitecross?
R: Claro que pode.

I: Como vocês começaram a tocar no "mundo" metal?
R: Bom, sobre tocar no "mundo" metal, Eu não acho que seja uma pergunta apropriada porque naquela época eu não sei se as pessoas nos consideravam como uma banda metal. Eu acho que era um pouco de hard rock e de heavy metal...

I: Talvez as coisas não eram tão rotuladas naquela época?R: Yeah, Eu acho que a cultura era: Hey, você toca guitarra, então toque o melhor que você puder!
I: Quais são as suas influências musicais? Obviamente você tem um background em blues. Você começou tocando blues ou rock?
R: Essa pergunta é melhor, porque eu tive uma influência no blues no início e eu de certo modo tenho trazido essa influência comigo. Em relação às influências mais modernas acho que tive minha direção com Eric Clapton, B.B. King, meio que artistas britânicos e desde então comecei a estudar mais o blues Americano de pessoas como Muddy Waters e John Lee Hooker... Mas depois quando Eddie van Halen saiu, a música deles foi uma grande influência em mim... na época tinha Jimmy Page fazendo o Heartbreaker no Led Zeppelin, mas o som da guitarra não se comparava ao Eruption. E aí veio Yngwie Malmsteen, que não é muito conhecido pelo público, mas se você ouvir a guitarra você sabe quem ele é. Ele é incrível... O meu guitarrista favorito até hoje é provavelmente Ritchie Blackmore.
I: Ele não recebe tantas indicações como guitarrista favorito pelas pessoas.
R: Yeah. Eu assisti Ritchie Blackmore na TV quando tinha 15 anos e foi naquela hora que eu disse "É isso que eu quero fazer!" Ele é muito temperamental e difícil de se trabalhar por isso ele não recebe muita ajuda da indústria musical. Mas o talento dele é maior que sua personalidade. Deep Purple também foi outra influência para mim e depois Yngwie e Michael Shenker Uli John Roth, ele foram umas das influências nas minhas composições de guitarra... junto com Van Halen que provavelmente representa o melhor metal Americano. Eu sei que as pessoas diziam que Whitecross parecia com a banda Ratt e posso dizer que isso foi acidental. Isso é verdade - Eu disse para Scotty [Wenzel]: "Sabe Scotty, você tem um som igual a Stephen Pearcy da banda Ratt," e ele disse "Quem é esse cara?" e ele realmente não sabia quem era o cara. Ele teve uma criação bem conservadora ouvindo as bandas tipo Rez Band, Petra, e Stryper, e ele ouvia Kansas e um pouco de Journey, mas ele realmente não sabia muito sobre hard rock.
I: No seu primeiro álbum, uma coisa que notei é que a banda tinha mensagens mais para o pessoal da "rua". Sabe, muitas bandas da época estavam apenas cantando "Jesus te ama", "Aceite ou queime" tipo de mensagens, mas vocês estavam falando sobre abuso de drogas por exemplo.
R: As bandas de metal Cristã que eu conhecia eram Rez Band, Stryper, Messiah Prophet e Saint. Bloodgood já existia, mas eu não conhecia a banda. Eu só conheci eles depois de um tempo. Então como essas eram as únicas bandas que conhecia eu tinha em mim uma pressa, um senso de urgência porque existia um buraco - ah! Barren Cross, eu conhecia eles também porque eu os assisti no Festival Cornerstone. E eu pensei, nossa, se é só isso de bandas que têm por aí, então deve haver espaço para inovação. Mas eu não sei se conseguimos fazer essa inovação...
I: In the Kingdom foi gigantesco! O que aconteceu quando vocês viram que vocês tinham finalmente feito sucesso?R: Acho que nada aconteceu. Eu nunca tive aquela idéia que a banda iria durar para sempre, que nós éramos gigantes e famosos.

I: Mesmo quando o álbum começou a vender?
R: Não. Hoje eu olho para atrás e vejo que realmente In The Kingdom foi o nosso maior sucesso e se mantém até hoje como o disco do Whitecross mais vendido, mas em retrospecto, eu poderia te dar uma lista com uma relação de coisas que eu não estava satisfeito no estúdio e como a gravadora estava nos tratando, coisas que eu gostaria de ter modificado um pouco, mas no geral, aquele CD foi o nosso melhor e sem dúvida o mais polido da banda....

I: Então depois do CD High Gear, você deixou o Whitecross. Dá para dar mais detalhes?R: Nós estávamos no auge da carreira da banda. O público não iria mais aumentar, a vendagem de CD não ia mais subir e até hoje eu me pergunto como é que a banda não conseguiu atrair uma gravadora de peso e até hoje eu me sinto um pouco frustrado por causa disso. Eu sempre pensei que para as gravadoras o principal era grana e se uma banda está fazendo grana uma gravadora toleraria que você é uma banda Cristã. Eu sei que o mundo rejeita o Evangelho. Nós sabemos disso porque Jesus disse que o mundo nos rejeitará. Então eu não tenho nenhuma desilucão que nós deveriámos ter vendido 5 milhões de álbuns, mas eu achava que poderíamos chegar lá... 80% das vendas dos nossos CDs foram por causa dos nossos shows e turnês, a gravadora Star Song lançava os CDs, mas fazia pouquíssimo para distribuí-los e promovê-los... Algumas revistas de guitarra escreveram artigos sobre mim incluindo Guitar Player. Eles escreveram coisas boas e eu estava implorando a Star Song para que não se contentassem apenas com alguns artigos na revista CCM Magazine. É como se estivéssemos pregando para quem já é salvo. Porque não levamos nossa mensagem para o mundo ouvir? E eles nunca aceitaram essa idéia... Eu tinha tantas idéias que eles não toparam, até mesmo uma turnê pela Ámerica do Sul e eles diziam: Nós nunca vamos poder fazer isso.

I: Muitas bandas como Guardian e Bride fizeram muito sucesso lá na Ámerica do Sul.
R: Eu sei, e finalmente nós tivemos a oportunidade de ir lá e foi maravilhoso, mas sempre como uma viagem missionária. E eu sou muito feliz pela oportunidade de ter evangelizado, não me entenda errado, mas a administração da banda nunca foi feita certa. A gente sempre voltava dessas viagens sem 1 dolar no bolso. Você pensa, se você cobrar mesmo que seja 10 centavos para 55 mil pessoas, a banda poderia ter recebido pelo menos um cachê. Nós nunca fizemos nada disso. E eu aprendi que às vezes não recebemos porque não pedimos. Então tudo isso junto e a banda começando a não se entender direito... Se a banda e as músicas estivessem fortes e unidas daria para aguentar, mas nós não estavamos, então estava na hora de eu partir para outra.

I: Aí veio a banda King James, certo?
R: Yup

I: Como surgiu a banda?
R: Surgiu praticamente entre eu e Jimmy [Bennett, vocalista]. Eu conheci Stryper quando eram apenas três na banda, sem o Michael, na Europa. E eles estavam tocando como Stryper. Oz Fox estava cantando como vocalista e nós tocamos por duas semanas como eles. A banda Allies também estava se apresentando com Bob Carlisle.

I: Gostaria de ter visto isso.
R: Foi meio estranho, não foi muito social [rindo]. Acho que tinha mais umas duas bandas, mas realmente não me lembro, acho que Guardian estava lá. Mas foi divertido.

I: Teria sido uma turnê inacreditável!
R: É, mas enquanto estava tocando lá eu conheci Robert. A gente se tornou amigos bem rápido porque tínhamos muitas coisas em comum. Ai eu e Jimmy perguntamos se eles (Robert e Tim) gostariam de tocar no nosso CD, e eles aceitaram. Ai perguntamos se eles gostariam de fazer uma turnê, Robert aceitou, mas Tim não quiz. O CD nunca decolou, nós tocamos por 1 ano e meio daquela maneira. Nós fizemos uma turnê de 2 semanas, mas não passou disso.

I: E você chegou a gravar um segundo álbum?
R: Foi, e saiu muito legal... No geral era um projeto muito bom. Acabou que não foi bem distribuído, mas eu fiquei muito feliz com o CD.

I: Em contraste com Whitecross, o que você gostou dos CDs da banda King James?
R: Principalmente que Jimmy Bennett era um cara de palavra, e se eu for entrar numa briga eu sabia que Jimmy iria estar do meu lado até o fim sem usar politicagem. Ele era sincero. E até hoje sou amigo de Jimmy.

I: Então agora você está com a nova banda Rex Carroll Band e vocês estão tocando para motoqueiros?R: Yeah, nós tocamos em Tomahawk, Wisconsin... Tocamos para 30 mil motocicletas e 16 mil pessoas em 3 dias. Foi muito legal.
I: E vocês foram bem recebidos?
R: Ele curtiram. Minha música é tipo... se você gosta de Harley Davidson, eu garanto que você vai gostar da minha banda [rindo]. Eles andam juntos.

I: Acho que muita gente ficou surpresa no Verão passado quando você voltou ao Whitecross e fez alguns shows. Como que aconteceu isso?
R: Eu tenho um bom amigo chamado Joe Austin. Ele facilitou a reunião da banda. Então nós nos juntamos e organizamos alguns shows. Um ano atrás eu tinha comentado que teria sido legal se a gente colocasse uma coletânia do Whitecross e King James, então eu realmente estava interessado. Eu até tinha arrumado um vocalista e começado a ensaiar algumas músicas, mas ai eu pensei que seria até mais legal reunir o verdadeiro Whitecross e tocar no festival Cornerstone...

I: Quem tocou baixo e bateria nessa formação nova?
R: Mike Feign, baterista original e nós poderiamos ter convidado alguns dos baixistas originais da banda, mas resolvemos pegar um cara novo, Benny Ramos, que era da região e também era lider da mocidade e do louvor de sua Igreja...

I: Existe alguns rumores na internet que um daqueles shows foi gravado para um CD Ao vivo, é verdade isso?
R: Na realidade eu gravei todos os shows com essa intensão. Eu só não sei se ela vai ser tornar realidade por que quando a gente estava começando a se enturmar para tocar em mais shows, Scotty praticamente desistiu da idéia e deixou todo mundo na mão. Você pode entrar em contato com ele se quiser saber mais sobre isso. Então foi como se as coisas estivessem voltando ao normal, com se a tensão do passado não estivesse mais lá, mas não foi verdade, pelo contrário, a tensão me pareceu pior agora.

I: Ele tem andando sumido nesses últimos 2 anos. Eu sei que ele estava trabalhando como missionário, mas...
R: Yeah, Eu não sei o que ele anda fazendo. Eu acho que ele pinta casas e faz mais alguns trabalhos em Nashville. Mas é, eu quero ser legal, mas ao mesmo tempo, nós tínhamos várias possibilidades, e ele jogou tudo no lixo...

I: Uma pena que essa possível reunião acabou assim...
R: Yeah, bom, melhor agora no início do que mais tarde...

I: Bom, pelo que já ouvi, Eu pessoalmente gosto de tudo que a Rex Carroll Band tanto como gosto do Whitecross e todos os outros projetos que você esteve envolvido.
R: Oh uau, isso é fenomenal.I: Então Rex, mas alguma coisa que você gostaria de compartilhar?

R: A vida do artista é assim mesmo às vezes entra o desespero e às vezes tem o suporte dos fãs e do público. É esse suporte que me mantém tocando, então gostaria de agradecer a todos que têm se mantido interessado e convido a todos a me mandarem um email através do meu site: http://www.rexcarrollband.com

Abstract Shadows - The symphony of abstract shadows

*cold case'  Entrevista - Outubro de 2006.


Em meio as gravações do primeiro cd, Symphony of Hakel, o vocalista Neno Fernando, fala um pouco sobre sua banda numa entrevista bem interessante, da qual dispensa uma introdução mais ‘informal’ aqui. Com vocês, o cara: The voice of a man ... By Norman Lima
 Eu conheço seu trabalho apenas quando ainda cantava na banda Destra. Você poderia apresentar a sua atual banda para os Sin Killers ?

NF: Primeiramente é um prazer enorme participar pela primeira vez do “SIN KILLERS”, e muito obrigado pela oportunidade! Bom, a minha banda atual onde já integro há 4 anos, chama-se “ABSTRACT SHADOWS”. Nosso estilo é uma mistura entre o Progmetal, Hard Rock , Metal, Rock n´ Roll e algumas pitadas de World Music. Os integrantes do Abstract Shadows são: Alberto Lima guitarras, José Cardillo Teclados, Gustavo Gummer bateria, Hélvio Poletti baixo e eu Neno Fernando vocals.

Soube recentemente que se integrou a uma old school band do metal nacional, o Portrait. Então você agora canta em duas bandas certo?


Certo, além de cantar no Abstract Shadows, agora também estou nessa grande banda do cenário nacional chamada PORTRAIT e pra mim é um grande orgulho em fazer parte desses 2 'nomes' do metal nacional, estou muito feliz!!!

Ainda sobre o Destra, gostaria de saber como foi o tempo em que esteve com eles. Como foi que surgiu o convite pra entrar... E como aconteceu a sua saída? Além de cantar, você chegou a colaborar em alguma ‘música’ por exemplo...?

NF: Ao lado do Destra foram 2 anos de muitas felicidades e aprendizados pra mim, o Destra foi uma verdadeira escola, onde aprendi muito com eles. Eu entrei na banda quando o baixista Ricardo Parronchi ouviu uma demo que eu havia gravado, onde eu cantava um estilo meio Hard Rock-Pop, o Ricardo curtiu meu timbre e minha voz e inicialmente ele me ligou convidando para participar do novo disco onde cada música do 'Joe´s' seria cantada por vários vocalistas e com o tempo vieram vários convites de shows e etc. Daí deu no que deu, fiquei na banda 2 anos. Risos!!!! Acho que sai da banda por influência da gravadora na época. É provável que não tenha se agradado do meu ‘vocal’, mas o ruim é que pareceu pessoal, o que me deixou muito triste, já que ‘eles’ não conheciam meus trabalhos anteriores. Só sei que tiveram atitudes inesperadas onde pode danificar a vida de um profissional, fiquei muito mal pelo o ocorrido, mas eu tinha Deus no coração e Ele fez o certo, hoje o Destra está com uma formação muito boa, eu estou em 2 grandes banda do metal nacional, lançarei 2 grandes cds e a suposta “gravadora” não existe mais........ Os planos de Deus, nem sempre estão de acordo com a nossa vontade. Acreditem!!!Com o Destra, gravei um video-clip da música YOU SHOULD BELIEVE e gravei o tributo ao EXUDUS com a música DRY WAY.

Como está a sua relação hoje em dia, com o pessoal da banda? Se isso não te causar nenhum incomodo, eu realmente queria saber sua opinião sobre os cds do Sea Of Doubt e Joe’s Rhapsody. O que mais te agradou nesses materiais?

A minha relação com os músicos do Destra é muito boa, pois eles ajudaram e me ensinaram muito também, mas eles queriam um vocalista com uma pegada mais anos 70 e daí encontraram o grande vocalista Rodrigo Grecco para assumir o cargo.Gosto dos 2 discos da banda, mas o que eu gosto mais, pelo fato de eu ter feito shows da turnê dele ainda é o SEA OF DOUBT apesar do JOE´S ter a gravação muito melhor e os músicos mais maduros.

O que você tem a dizer, sobre cantar ‘heavy metal ‘ dentro e fora da igreja? Nos conte um pouco sobre essa experiência...

Bom, cantar Heavy Metal é algo divino, é uma energia onde podemos passar nossos sentimentos e nossa energia positiva para quem esta nos vendo e ouvindo, pra mim, não há diferença dentro e fora da igreja, pois a música é um presente de Deus, basta cantarmos nas letras, coisas boas, construtivas, com mensagens positivas. Amo meu trabalho!!!
Qual é a sua opinião sobre o metal cristão?
NF: O metal cristão cresceu muito de uns 7 anos pra cá, tem bandas formidáveis e com certeza, isso é bom para que a palavra de Deus chegue nos corações das pessoas e faça com que a vida do ser humano seja muito melhor, pois a música toca a alma e traz a felicidade a vida.


Nos shows do Abstract Shadows, assim como nas músicas, que andei ouvindo, seu vocal está realmente killer. Soa como se o estilo do Abstract Shadows fosse mais familiar pra você... Seria isso mesmo?

No Abstract Shadows com certeza a minha voz soa mais minha cara mesmo, pois as músicas são compostas sempre de acordo com meus ‘jeito de cantar’ e quase todas as linhas melódicas são compostas por mim, além dos compositores Alberto e Cardillo que conhecem muito bem meu timbre e estilo de voz. No Portrait estou colocando minha ‘voz’, também e esta ficando muito bom também!!!rsrsrsr...

Eu estou bastante ansioso pra ouvir o novo material. E queria que você falasse um pouco sobre a música ‘Shadows’. Gostei da letra, e é exatamente nessa canção que seu vocal ficou perfeito. Acho que ninguém faria melhor...

NF: Se você prestar bem atenção, todas as letras do Abstract tem umas pitadas de letras Cristãs, pelo fato da banda não ser ‘cristã’, a gente não fala diretamente, mas indiretamente sim, falamos palavras de conforto, de alerta, de amor e do nosso cotidiano também.A Shadows fala mais da loucura da mente humana, onde as pessoas acham que são donas da própria vida, do mundo e que são até capazes de voar, se esquecem da fragilidade que é a vida humana e se esquece completamente da existência maior que é Deus!!

O prog metal tem ganhado mais destaque no Brasil, e têm surgido ótimas bandas. Você poderia falar um pouco sobre isso?
O progmetal é exatamente parte da evolução musical mundial. A atualidade proporciona com que as pessoas estudem melhor, tendo facilidade em adquirirem métodos, internet e informações jamais vista antes... Por isso que sempre falo, “tem espaço para todos, basta serem boas pessoas, estudar bastante e ser o que é, nada mais, cada pessoa tem seu próprio talento e ninguém é melhor do que ninguém”.

Conforme as informações do site, o novo cd - Symphony of Hakel, já está com o track list definido assim como a capa. Tudo indica que seja um trabalho meio conceitual. Então eu queria saber qual a mensagem ‘foco’ desse álbum.

Como eu comentei anteriormente, nosso cd tem umas músicas conceitual que é a ABSTRACT FEELINGS – IN MY DREAMS E THE RETURN que são as últimas faixas do cd, ambas falam de um amor que não é mais correspondido daí essa pessoa que não se conforma com a decisão da outra, luta até o fim para reconciliar seu amor e no final ela consegue o retorno da amada e vira o dono da situação rsrssrss.....Uma música que tem amor, traição, vingança e o melhor, a fé onde tudo pode e consegue...

Quanto a fazer algo pela a vida, o mundo, as pessoas... Como você acha que uma banda deveria contribuir... Muitas bandas de rock hoje em dia, têm aderido a causas sociais bacanas... O AS se preocupa com o mundo?

Estamos lançando nosso primeiro disco oficial e faremos com certeza, shows para ajudarmos ao róximo, pois isso faz parte do nosso objetivo como sere shumanos...

Gostaria da sua opinião sobre as seguintes vozes do Heavy Metal.
Não sei se você os conhece, mas de qualquer maneira, o primeiro é este:.


 Christian Rivel (Narnia ) : Voz única, timbre característico ,uma técnica e um alcance excelente que consegue passar a mensagem com muita facilidade.

Rob Rock : Digamos que o Rob Rock é um dos melhores vocalistas que o estilo secular já teve, principalmente no meio cristão... Com uma técnica apuradíssima, voz com um alcance formidável, drives bem colocados sem exageros e uma energia muito forte em suas interpretações .

Michael Sweet (Stryper ) : Um dos mestres de todos os tempos, um timbre muito bonito, um extensão ampla, agudos bem impostados, usando perfeitamente as regiões das vozes de cabeça, belting e as transições!! Além de ser um excelente guitarrista simultaneamente!!! É uma das minhas influências...

James LaBrie ( Dream Theater ) : Timbre muito bonito, trabalha muito bem as interpretações , seus médios e graves são perfeitos, e trabalha muito bem o CHILD VOICE. É também uma das minhas influências vocais...

Tobias sammett ( Edguy) : Uma voz bem incorpada nos médios, um agudo bem impostado, ótima articulação nas transições , trabalha muito bem o Belting de sua voz, muito afinado nos vibratos e um timbre muito bonito também...

Halford (Judas Priest ) :  Um grande vocalista com um médio com um brilho muito lindo, um grave maravilhoso um agudo de cabeça formidavel nos CHILD VOICES, consegue fazer uma modulação muito boa nas transições sem quebras, grande schoolvoicer...

Ronnie James Dio:  Esse, acho que é um dos mais completos vocalistas que o mundo ja teve. Timbre lindo, vibratos perfeitos, qualidade formidável nos médios, voz de peito potente e aberta, voz de cabeça bem colocada e articulada, interpretações fantásticas, o diferencial deste Schoolvoicer são seus Drives ,com uma colocação técnica perfeita e qualidade que da vontade de arrancar os cabelos, sem dizer a idade que ele tem e ainda canta muito...
Agora quero agradecê-lo pela atenção.

Deixe – nos um comentário final and, thanks again...

NF: Primeiramente obrigado a vcs pela oportunidade, quero desejar a todos que leram esta matéria, muita paz, sucesso e alegria!!!Quero pedir pra que todos façam o melhor a cada dia, pois somente cada um de nós podemos levar a felicidade e o amor a humanidade. Sigam as palavras do nosso pai (Jesus), pois o pai sempre quer o melhor para o seu filho.E continuem acompanhando os meus trabalhos no Abstract Shadows e Portrait, pois tem que ser assim, apoio total ao metal nacional, pois temos bandas maravilhosas aqui precisando de cada um de vocês!!!!Sempre haverá espaço para todos, acreditem no seu talento e tenha fé!!!Abraços, Neno Fernando.
www.abstractshadows.com.brwww.portraitonline.com.br

Monday, April 4, 2011

Entrevista com Bride


Março/2005

Entrevista com o Bride. Essa foi mais uma de minhas entrevistas. Sempre sonhei fazer essas perguntas e fiz.

Um pouco mais sobre ... o Bride.... By Norman Lima

Eu soube que vocês estão preparando um novo álbum. E você disse que será um álbum pesado. Bom, pesado em que sentido, heavy metal ou new metal?

DALE: O Bride tem estado na ativa durante um longo tempo. Nós temos experimentado e explorados muitos estilos de música (rock) ao longo desse caminho. Como nós escrevemos canções, nós estamos envelhecendo, mais maduro em nossa maneira de escrever . Então fica difícil voltar no tempo e escrever canções que por padrões de hoje são datados. O velho estilo de rock tem um público muito pequeno. Com o que eu disse, o Bride, estará escrevendo uma variedades de estilos de músicas para o próximo CD. Será um álbum pesado, mas quanto ao estilo heavy, eu ainda não estou certo ainda. Nesse aspecto, Troy e eu estamos fazendo as primeiras cansões e logo envolveremos Lawrence e Michael nesse processo. Suas contribuição forçará mudanças nas canções. Uma Vez nós todos juntamente, as canções empreenderão novas dimensões.

Eu lembro de uma pregação sua aqui em um show na Igreja Renascer, onde você falava que as gravadoras cristãs não agia de maneira honestas com as bandas. Esse é um dos motivos que o CD será produzido por vocês?


Dale : O Bride não está ativamente procurando por uma gravadora. Nós poderíamos está interessados e poderia entreter qualquer oferecido, mas você está correto quanto você diz, "Gravadoras cristãs não são honesta"Nós temos notado durantes esses anos que há uma falta de honestidade e responsabilidade por parte das gravadoras e promotores dentro das posições cristãs.. Eu tenho observado uma deterioração de comisão e agora o mercado Cristão não está muito diferente do mercado secular. As bandas não estão "brilhando" sua luz,elas têm menos para dizer sobre Cristo no palco, e isto se extentende no meio de executivos de grandes gravadoras e até mesmo com os pastores.Eu sei que há algumas pessoas boas como Cristãos honestos ainda operando no Entretenimento cristão, mas a Bíbia diz em 5 : 9 > Um pouco de fermento levará toda a massa. E lá tem se permitido e aceitado coisas demais como Cristão, dentro dessa indústria. É como um câncer se espalhando. Eu temo que isso tenha se tornado fatal. Mas pela a ajuda do Espírito Santo, o Bride continua a manter-se real e verdadeiro.

3 Aquele CD ao vivo gravado no Cornerstone 2001, seu vocal está um pouco diferente. Porque você não incluiu músicas dos álbuns antigos no setlist para o Brasil? (Se eu não me engano, o set list é quase sempre, o mesmo e nos show aqui no Brasil o público sempre pede pra vocês tocarem Heroes...Heroes, e vocês tocam would you die for me... Porque? Risos!!!!

Dale :O Bride está atualmente trabalhando em um novo Set List. Nós pretendemos mudar o Set list ainda esse ano. Uma coisa que tem nos infestado, é que possuo um ponto fraco para cantar muitas das músicas mais velhas. O Senhor esteve benévolo para dar-me a capacidade através de Cristo para cantar aquelas canções no (Cornerstone 2001). Deixe me compartilhar uma pequena história. No caminho ao Cornerstone, Eu tinha perdido minha voz. Eu não poderia falar sem dor. Somente segundos antes eu subi no palco e orei para que Cristo seja exaltado!. Eu orei para que Ele me usase- me como um vaso e instrumento de seu amor e paz. Eu soube que este espetáculo estava sendo gravado para um fututo CD ao vivo. Eu estava preocupado sobre deixar as pessoas desapontadas com minha performance. Mas como sempre, o Senhor abençõu me e deu- me minha voz e a noite foi suave. e eu cantei sem dor. Quanto a música Heroes, ela tem bastante pedal duplo. Michael não toca pedal duplo. Mas nós tentaremos refazer essa música só para os fãs brasileiros.

Eu li sua entrevista com o Chris Jericho (Lutador) e achei muito legal! Ele pareceu um grande fã do metal cristão. Take your faith to the extreme, é algo bem a cara dele... Não acha?


Dale : Todos crentes renascido devem tomar sua fé ao extremo.


Você ainda é colaborador da revista HM mag?

Dale : Não, eu não sou mais. Eu realmente não tenho nada mais para "colaborar" na revista.

A cena do metal cristão é muito diferente da época em que o Bride começou. Naquela época as bandas eram chamadas de white metal e tinha um vínculo maior com o cristianismo e você poderia até chamar de "Evangelistic metal". Mas atualmente, poucas bandas se preocupa com esse tipo de atitude.Mas não podemos esquecer, que o Bride influenciou muitas dessas bandas que existem hoje. Então, qual é sua visão a respeito do que eu disse?

Dale : Que essas novas bandas compreenda isso ou não : O Bride ajudou e preparou o caminho para elas. Sem bandas como Mortification, Tourniquet e o Bride, muitas dessas novas bandas hoje não poderiam estar aqui. Eu estava tocando metal Cristão em 1984. Alguns dos músicos que estão tocando hoje, ainda não tocavam em 1984.. Eu devo dizer que isso é muito mais que somente tocar música. Qualquer um pode tocar música. Como cristãos em uma banda de Rock, nós devemos tocar com a unção do Espírito Santo. Eu tenho estado em concertos com grupos como o Whitecross e tenho sentido o Senhor mover me com a maneira que eles cantam e se desempenham.. Eu estou freqüentemente desapontado por algumas novas bandas que sentem que eles podem fazer isto tudo com sua própria força e com seu u próprio vigor." Nós sabemos que só pelo o Espírito que a vida das pessoas são mudadas"

Hum... Sobre a tour que você fez substituindo o Michael Sweet no Stryper. Você chegou a usar aquele visual típico do Stryper? Porque você acha que o Stryper não deve voltar? E qual a sua relação com eles hoje?

Dale : Quando eu cantei brevemente pelo Stryper Eu fiz aquele visual. Mas eu era mais magro naquele tempo que eu estou agora. Eu tenho limitado o contato com o Oz hoje, e nada com o restante do Stryper.

Aquela versão acústica de Knockin' On Heaven'd Door ao vivo ficou ótima! (perfeita na sua voz)! ) Porque você resolveu gravar essa música?

Dale : Bob Dylan escreveu esta canção e quando eu descobri que ele tinha dado o seu coração para Cristo anos atrás eu fiquei interessado em tocar uma das canções dele. EU achei a canção bem escrita e se ajusta muito bem nosso estilo. As pessoas queriam que nós tocássemos uma canção lenta ao vivo, assim nós adicionamos aquela canção durante algum tempo e foi muito bom. Eu cederia um sermão normalmente no meio da canção.

Nesse último show no Brasil eu soube que o pessoal jogou água em vocês. O que foi que aconteceu?

Dale: Em algum lugar no Brasil e eu não posso me lembrar de qual cidade, mas como nós estávamos tocando "Knocking' on Heavens Door" alguns jovens na multidão contestada, começou a lançar latas e garrafas de água em nós. Isso é muito imaturo. Eu tinha pensado em caminhar pra fora do palco mas nós continuamos pela a maioria que estava se divertindo. Eu me lembro uma vez na vida de Jesus, quando as pessoas discordaram com o que Ele tinha feito... (Luke 4:29). Outro exemplo em John 10:31 - os Judeus pegaram pedras novamente para o apedrejar. Eu realmente não aprecio coisas lançada a mim. Mas nós terminamos a canção. Nosso tradutor tentou explicar esta canção a eles como também eu fiz. É uma coisa estranha quando as pessoas que se consideram cristãos atacam outros cristãos.

O SOS DA VIDA é um festival brasileiro parecido com o Cornerstone. O que você acha de festivais como esses? Você já foi convidado pra 'pregar' em algum ou só foi chamado pra tocar?

Dale: Nós amamos tocar nos festivais. É um modo para alcançar mais pessoas de uma vez.

O POD é uma banda cristã que tem crescido mais no meio secular do que no meio cristão... O que você acha disso?

Dale: O Senhor está levantando umas pessoas por estes dias que será visto e será ouvido falar a todos os homens. Contanto que Cristo seja o foco e seja exaltado em Espírito e em Verdade. Eu sou a favor pela a popularidade de cristãos que fazem um impacto no mundo secular. Isso é o que nós deveríamos estar fazendo.

Vocês já foram chamados pra tocar em algum festival secular ou já tocaram com alguma banda famosa não cristã?

Dale : Nós tocamos em alguns festivais seculares ao longo dos anos. A maioria destes festivais está em um pequena escala. Nós tocamos com MXPX, Blindside e Projeto 86, todos os três destes grupos estão fazendo um impacto em uma escala mundial.

O Black Metal é o estilo mais polémico dentro do metal. Visto que o satanismo é mais esplícito e que no qual, se tornou até uma especie de ideologia. Mas esse estilo está sendo explorado pelas as bandas cristã como um outro qualquer. O que você acha disso?

Dale : Todos os estilos de músicas deveriam ser representados pelos os artistas cristãos. Eu odeio rótulos e categorias.

Os álbuns antigos do Bride como o maravilhoso, Silence Is Madness, Show no Mercy, etc. estão sendo distribuido aqui no Brasil por um selo brasileiro. Golden Hill. Acho que no BRASIL, o Bride se sai melhor como heavy metal do que como new metal. Pois aqui, nu-metal não é um estilo bem visto pelo os fãs de heavy metal. Eu acho que você deixou uma boa parte dos fãs do Bride triste optanto por fazer esse estilo que o Bride está fazendo hoje em dia... O que você tem a dizer?

Dale :Eu diria que foi os fãs nos deixaram. Nós nunca teríamos mudado o estilo se os fãs estivessem apoiado à banda. A razão para nossas mudanças estava devido à recusa de venda dos CDs. O CD que você está se referindo foi o que vendeu menos. Se nós não tivéssemos mudado de estilo de música e não tivéssemos adotado um som novo, nós teríamos estado por fora a muitos anos atrás da cena. Não teria havido um Snakes in the Playground se nós não tivéssemos alterado nosso som.

Eu não posso terminar essa entrevista sem dizer que sou um grande fã do Bride... Acho que você é um dos melhores vocalista do metal... Muito melhor que o Chris Cornel (Soundgarden)... risos... É uma honra pra mim, está entrevistando você... Obrigado mesmo.... Bom, quais são suas últimas palavras?


Dale: Apreciei esta oportunidade para compartilhar meu coração com esses que lerão isto. Se lembre que nós servimos um DEUS VIVO. Nossa palavra para o mundo é NOTÍCIAS BOAS! 1 Tim 2:4 - Deus salvará todos. . Jn 12:47 - Jesus veio salvar todos - E Ele teve sucesso? Jn 4:42 - o Jesus Salvador do mundo : Rom 5:15-21 Em Adão Todos condenados, em Cristo todos vivem. 1Cor 15:22 - Em Adão todos morreram, em Cristo todos vivem. Col 1:20 - Todos se reconciliaram até Deus - 2Cor 5:15 - o Jesus morreu por todos. Ele morreu em vão? Eu acredito que o que Jesus veio fazer, Ele realizará de acordo com o propósito do Pai dele. Embora nós não estejamos aqui para a ocasião, Deus tem um plano duradouro que inclui Todos. Nós estamos aqui no compromisso de Deus. E nós estamos aqui no propósito Dele, o plano Dele, cumprindo o que Ele ordenou durante este mesmo dia precisamente.
Dale Thompson - Vocalista - Bride!

Entrevista com Doug Van Pelt.



Entrevista feita em Março/2005

Doug Van Pelt - O criador do fanzine Heaven's Metal que se transformou na maior publicação de música pesada cristã do mundo.  


Primeiro: Você é editor ou um Pastor? (Risos!)

Ha ha. Eu sou um editor, mas eu espero e sinto que
talvez Deus tenha me dado uma espécie de voz pastoral
entre uma quantidade de ovelhas no meio rockeiro.
Talvez, de tempos em tempos, Deus me permita falar para
as vidas de rockeiros que se entregam, que confiam e
dependem de Jesus. Você sabe, pessoas que tem abandonado
todo controle e confiança no Rei dos reis...

Quando foi que você teve a idéia de criar a HM Mag e
porque?


Foi no inverno de 1984. Eu estava lendo uma cópia do
ACME (Alternative Christian Music Enthusiasts), que
sugeria que "Com o advento do heavy metal Cristão,
alguém teria que iniciar um boletim de metal Cristão..."
Isso foi onde a idéia nasceu. A partir daí a visão
começou a crescer e tomar forma. Através do percurso de
cerca de seis meses, com um pouco de oração e
aconselhamento, tornou-se real. Um amigo meu, Carey
Womack, estava indo ao Cornerstone Festival de 1985 e
sugeriu que eu imprimisse a minha primeira cópia, que
ele poderia distribuir no festival como uma promoção.
Esse foi o empurrão que me fez ir em frente. mais tarde
ele chegou a formar uma banda chamada One Bad Pig, que
fez bastante história or si própria.

A revista HM já foi um fanzine? Me conte um pouco dessa
história...


Sim. As primeiras 14 edições foram no tamanho 8.5" por
7" em cópia de diversos tipos de papel. Uma revista de
música que ama a música é corretamente chamada
de "fanzine", mas num sentido de design & layout, um
periódico no tamanho 8.5 x 11 é corretamente chamdo de
revista(magazine)... Então, a HM é um pouco de cada. Ela
tem a atitude "Escrevo sobre música porque eu gosto",
típica de um fanzine, mas também tem a atitude "Tentarei
ser honesto, acurado e artístico sobre isto como um
escritor/jornalista/artista." típica de uma revista.

Os fanzines ainda são familiares para você? Você ainda
recebe fanzines?


Sim, é claro!


Eu sei que você não deixou de fazer entrevistas com
bandas de Heavy Metal, mas a HM sofreu alterações em
termos de estilos musicais, perdendo um pouco a essência
do metal. O que você tem a dizer sobre isso?


O metal ficou fraco e doente no meio dos anos 90.
Ninguém imaginaria isso, com grandes bandas como
Precious Death chegando ao topo, e quem pensava que o
Tourniquet pudesse passar por uma mudança de pessoal?
Mas o glam metal e o "poser" metal de spandex e
cabeleira tornou-se uma paródia de si próprio (coloque
aqui a definição de paródia conforme o dicionário). Isto
se tornou homogeneizado. Tornou-se algo manufaturado que
as gravadoras se "centralizaram", criando um monte de
mediocridade. Isto tinha que morrer. Uma banda de
Seattle chamada Nirvana chegou e justo com suas bandas
companheiras da região, matou o metal quase todas as
noites. Como as gravadoras e a midia entraram nessa
moda, ou "revoluçãpo alternativa", de repente deixou de
ser legal fazer metal. Então, aconteceu que as bandas de
metal não se levantaram na ocasião para lançar seus
melhores materiais. Veja o que aconteceu. Eu não consigo
pensar em uma única banda que fez seu melhor trabalho
nessa época. Mesmo o Dream Theater, que lançou o "Images
And WOrds" no começo da tal época, fez um segundo álbum
fraco. Whitesnake, Winger, Van Halen, Poison, Motley
Crue, nenhuma dessas bandas melhorou durante esse tempo;
elas regrediram. O único crescimento para o metal ou
evolução ocorreu em duas áreas -- death metal e a
mistura de hardcore punk/metal. Death metal era tão anti-
comercial, que ele se aprofundou ainda mais no
underground; enquanto a mistura de punk/metal ganhou
terreno e cresceu. Esse é o estilo em que nós mais nos
centralizamos. Nós precisávamos cobrir uma área que
fosse crescer, e não diminuir. Eu sempre acreditei que a
música pesada (metal, alternative, industrial, punk)
sempre fosse sobre a guitarra e sempre viveria nos
corações e ouvidos dos jovens. Eu acredito que a
história mostrou que essa crença era certa. Veja as
bandas que sobreviveram e venderam números enormes --
Marilyn Manson, Korn, Rob Zombie, Rage... -- estas são
todas bandas que passaram pela assim chamada "revolução
musical" do meio até o fim dos anos 90. Veja a
popularidade das "bandas de Ozzfest" hoje em dia. Este
tipo de música vive com pupolaridade em massa. Ainda é
metal em sua essência, mas é certamente um tipo de metal
diferente do metal dos anos 80. A HM Magazine
simplesmente cresceu e evoluiu com a música. Ei, Eu
ainda gosto de algum metal do passado, mas eu preciso de
uma dieta de novas idéias frescas de metal, assim como
muitos outros fãs. Isto é o porque de eu gostar tanto de
música pesada moderna.

Porque você mudou o velho logo da HM?

Não sei de qual mudança você está falando. Nós mudamos o
nosso logo, obviamente, quando mudamos de "Heaven's
Metal" para "HM." Mas nós também recentemente tiramos o
oval do logo HM. No começo era um experimento
para "pensar fora da caixa", mas pareceu tão bom e
fresco que se tornou o nosso novo logo. O oval acabou
com sua aceitação no design gráfico popular. As coisas
mudam. Elas precisam. As pessoas mudam.

Eu gostaria de saber como você teve a idéia de incluir
na revista entrevistas com bandas seculares.


Bom, a Cornerstone Magazine esteve fazendo isso durante
anos. Eu lembro de uma entrevista com Ozzy Osbourne anos
e anos atrás. Eu adorei a idéia, e simplesmente comecei
a fazer, e isto se tornou bem popular. Era legal de se
fazer. Isto ajudou a manter contato com uma indústria
maior (o meio comercial ou "secular" do rock and roll),
na qual eu quis crescer e me tornar uma parte. (Como um
grande jogador de futebol poderia querer crescer além
das ligas particulares cristãs interescolares e juntar-
se às ligas profissionais, então eu queria competir
no "mundo real"das revistas e do rock and roll.

Qual delas(as bandas) te supreendeu mais?

Oh, eu me supreendi quando Rob Halford respondeu
a "Pergunta de Jesus" com algo como, "Eu amo Jesus..."
Eu fiquei um pouco chocado quando Tommy Victor do Prong
se irritou com o meu estilo de questionamento.

Qual foi a reação das bandas Dimmu Borgir e Cradle Of
Filth quando você disse que se tratava de uma revista
Cristã?


Tanto o Dimmu Borgir quanto o Cradle of Filth foram
entrevistas boas, agradáveis e civilizadas com pessoas
inteligentes. Com o Cradle of Filth em particular, Dani
(vocal do COF) e eu compartilhamos assuntos pessoais
sobre nós mesmos que foram um pouco além da entrevista.
Claro, nenhuma dessas entrevistas se tornou
uma "conversão instantânea", mas isso não era o que eu
estava buscando, em primeiro lugar. No quadro geral, eu
creio que talvez essas entrevistas possam ser um pequeno
toque insignificante na jornada de uma pessoa rumo a
Cristo, mas isto está OK para mim.

O que você sabe das conversões de Nicko Mcbrain, Alice
Cooper, Dave Mustaine, Glenn Hughes, Sammy Hagar, para
Cristo?


Nicko professou sua fé em Cristo, como Alice Cooper (uma
matéria de capa com 7 páginas na edição de Mar/Abr da HM
conta tudo), Dave Mustaine professou uma espécie vaga de
crença, assim como Dave Ellefson, Glenn Hughes professou
uma crença em Deus, que pode ser ou não um "poder
superior" ao contrário do Deus específico do Velho e
Novo Testamentos; e Sammy Hagar(na HM #66) revelou que
sua crença em um poder superior pode ser Buda ou Cristo
ou quem quer que seja. Com qualquer dessas pessoas, eu
não sei a história completa ou onde eles estão com as
suas cabeças. No geral eu te contei exatamente o que eu
sei, não o que eu acredito ou especulo...

O que você tem a dizer para as bandas que estão
começando? O que elas tem de fazer para aparecer na HM
Mag?


Bom, apenas criem boa arte. Se eles estão fazendo arte,
eles devem usar o melhor de suas habilidades nisso. Se
eles dizem estar fazendo isso por Deus, eles tem ainda
menos razão para serem preguiçosos, desanimados e
medíocres. Eles devem ousar fazer seu melhor em serviço
e louvor a Deus. Se a sua arte for boa e eles mandarem
para nós(por favor, sempre incluam informações para
contato, assim se quisermos escrever sobre eles,
poderemos dizer às pessoas como entrar em contato com
eles e/ou poderemos obter mais informações sobre
histórico, foto, etc), nós provavelmente gostaremos de
ouvir isso e reconhecer a grandiosidade. Se não for algo
grande, bom, Nós poderemos apreciar a audição e esperar
que eles melhorem na próxima vez que eles lançarem um
álbum.

Eu não quero tomar o seu tempo. . . Mas você poderia
destacar algumas bandas eu seus respectivos estilos?
(Atualmente) .


Eu não te entendi exatamente aqui.
TwoThirtyEight, Brandtson, Appleseed Cast, Dashboard
Confessional: emo, emo pop.
Zao, Soterios, Soul Embraced, Living Sacrifice:
death/black metal/aggro metal/hardcore misturado.
POD, Project 86, PAX 217, Pillar, Rod Laver: hip hop
rock, (mais ou menos) numetal, rapcore
Bride, Ken Tamplin, Stryper

Você apóia o Cornerstone Festival? Quando ele começou e
porque há um palco especial da HM? Quando você vai
convidar uma banda brasileira? (Eu poderia sugerir
Antidemon, Clemency, Destra, Shining Star...) Toneladas
de risos..


Ele começou no verão de '84. Eu tenho ido desde '87. O
pessoal do festival gosta de nós, ou nos respeita ou
alguma coisa assim, e nós gostamos do respeito
deles. Isso começou como uma idéia que funcionou bem.

No CD ao vivo do Mortification (10 years live not
dead...) há uma foto de você com Steve quando ele estava
doente. O que te levou a visitá-lo? POderia nos contar
um pouco sobre aquele momento?


Bom, provavelmente Steve Rowe é o meu melhor amigo. Eu
achava que ele ia morrer. Eu fui vê-lo. Você não faria o
mesmo? Eu quis estar lá com ele. Naquele momento,
felizmente, a HM estava bem o suficiente para pagar uma
passagem de avião para a Austrália sem precisar piscar.
A hora em que a foto foi tirada foi uma hora divertida,
porque Steve estava acordado, coerente e nós estávamos
tendo um bom momento como nós sempre temos. Mas de um
ponto de vista maior foi um momento difícil porque Steve
chegou a ficar minutos de distância da morte. POuco
depois, eu creio, naquela mesma cama ele começou a
passar por grande aflição, onde parecia que ele poderia
partir a qualquer minuto. Alguns dos que estavam ao seu
redor provavelmente desejaram que ele pudesse, porque
era uma dor obviamente matadora. Eu o amo, e me doía vê-
lo passar por aquilo. Eu louvo a Deus por ele estar bem
melhor hoje.

Obviamente você está muito triste com a situação de
Roger Martinez. O que você acha que o levou a tornar-se
um satanista?


Pecado. A Bíblia fala sobre a nossa condição como
pecadores, mas também nos avisa sobre a teia de
repercussões e consequências do pecado. Se o pecado é
abraçado, nós podemos nos tornar "transformados em uma
mente repreensível", o que provavelmente é similar a ter
um comportamento animal ou imoral que se apóia na
imoralidade que há em nossa natureza pecadora. Ele foi
queimado, ou achou que foi queimado por amigos e crentes
próximos, então isso provavelmente o levou à amargura, e
a amargura é como uma doença que apodrece como chagas no
corpo. Talvez tenha sido algo espiritual. Ele começou
comprando objectos de ocultismo e "tentar conhecer o
inimigo, cara..." Talvez os espíritos malignos tenham
algo a ver com isso. Só o que eu posso fazer é
especular. Ele me disse numa entrevista (HM #66) que sua
jornada ao ateísmo começou quando ele preparou um estudo
sobre cura física. Ele chegou à conclusão de que não
havia evidência de cura física por Deus hoje em dia,
então isto colocou-o em dúvida sobre a existência de
Deus. Ele se chama um ateísta satanista, alguém que não
acredita em um deus ou um diabo.

Por quanto tempo Dale Thompson (Bride) tem trabalhado
com a HM mag? Qual a sua opinião pessoal sobre o atual
estilo musical do Bride?(Um fato: Dale certa vez esteve
em turnê com o Stryper como vocalista... Mas aqui no
Brasil ele rasgou uma camiseta do Stryper no palco,
deixando muitos fãs do Stryper bem tristes.


Eu já conheço o Dale desde os primeiros dias da Heaven's
Metal Magazine, mais ou menos 1986. Ele não trabalha
para a HM. Durante alguns anos ele era um dos artistas
que estavam resenhando livros para a HM, mas ele parou
com isso alguns anos atrás. Eu gosto do "Kinetic Faith"
e "Snakes in the Playground" e "Scarecrow Messiah", e
umas poucas músicas do "Drop" e "Jesus Experience," mas
eu realmente não gosto dos dois últimos.

Hoje em dia, o white metal se tornou um rótulo esquecido
pelas bandas do metal cristão. O que você acha disso?
Afinal, o White Metal é bom ou ruim para uma banda
cristã?


Bom, o lance de White Metal sempre me incomodou, ele
parece que é para legitimar o "Magia Branca", como se
fosse melhor do que a "Magia Negra", quando todas as
formas de "magia" ou
feitiçaria/encantamentos/necromancia são especificamente
proibidas por Deus. Então o título "White Metal" parece
estar ligado de uma forma sutil. Talvez seja só coisa
minha. Eu nunca fiz muita questão quanto a isso porque
eu percebi que era apenas um rótulo que alguém colocou
no metal cristão. Popularmente se acredita que não-
cristãos começaram a cunhar o termo para descrever a
banda Trouble, que cantava sobre Jesus em seu primeiro
punhado de álbums. Eu não tenho muito problema com isso,
e ocasionalmente até uso o termo, apesar da
frase "Christian metal" fluir dos meu lábios mais
frequentemente.

As bandas de metal cristão não estão voltando à ativa,
mas seus dicos estão quase todos relançados. Isso
significa que o metal ainda é importante?


Claro. As pessoas que amavam metal Cristão nos 80-90 não
estão mortas! Elas apenas estão na casa de seus 20-30
anos, então ainda há um mercado para eles, apenas não é
o mais populoso e popular mercado. De muitos modos, são
os adolescentes quem dominam a cena musical.

Algum comentário final? (Sinta-se à vontade para dizer o
que quiser)
.

Obrigado! Eu espero em Deus que você continue com o bom
trabalho! Wow! Como eu, você faz muitas perguntas. Isto
é bom(mas exaustivo). Eu creio que a Bíblia inteira é
inspirada e tento receber o inteiro conselho da Palavra
de Deus, apesar de que há algumas passagens em torno das
quais eu costumo flutuar mais do que outras,
simplesmente porque elas parecem muito poderosas para
mim. Algumas dessas são: Salmo 34; Hebreus 4:14-16;
Colossensses 3:16; e Salmo 22. Eu espero que essa
entrevista seja útil, e eu sonho e espero que algum dia
eu possa visitar seu país. Deus é um grande Deus e o
povo que Ele criou é todo muito bonito. É maravilhoso
ser exposto a mais do que somente o povo ao seu redor.
Eu quero visitar o Brasil. Estudando o Brasil na escola,aprendendo Espanhol
(Eu conheço um pouco de Espanhol, por causa de quatro
anos de estudo, mas nada de Português), vendo os grandes
festivais "Rock in Rio" na tv, lendo sobre a grande
popularidade do metal aí., estudando sobre o crescimento
do Cristianismo na América Latina e como o ministério de
missões é extensamente feito pelas igrejas Latinas
agora, sendo que durante anos os EUA e a Grã Bretanha
enviaram a maior parte dos missionários para outras
partes do mundo(Hoje, pelo que me disseram é a América
Latina que lidera o caminho e manda mais missionários)

Trad. Heder Osny/Norman Lima

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