SIN KILLER webzine – Interviews: Place Of Skulls | Griffin fala da volta ao Pentagram e Fé.

Tuesday, October 11, 2011

Place Of Skulls | Griffin fala da volta ao Pentagram e Fé.


A entrevista pesada com Place Of Skulls: como os cães fazem




Por JJ Koczan

O guitarrista/vocalista do Place Of Skulls, Victor Griffin, é uma lenda ‘bona fide’ do doom metal. Nativo de Knoxville, Tennessee, ajudou a dar forma ao underground “riff-led” americano como membro do Death Row e do Pentagram nos anos 80, e na década o Place Of Skulls esteve junto, eles produziram um pouco do mais requintado doom tradicional a ser conhecido em todo o mundo, em álbuns como Nailed e With Vision.


Griffin – Que também se juntou novamente ao Pentagram no inicio desse ano e está em destaque no próximo álbum deles a ser lançado, Last Rites – acaba de ver  o lançamento do quarto álbum de  estúdio do Place Of Skulls concluido As A Dog Returns, e recentemente separou algum tempo para discutir sobre o disco, sua fé, o trabalho com o Pentagram de novo e muito mais. Please enjoy!


Falando sobre As A Dog Returns, foi estranho pra você voltar para a Place Of Skulls e rearranjar a banda de novo depois de um certo tempo longe dela?

Griffin: Não mesmo. Foi um tipo de término não-intencional que tivemos. Lee Abney, baixo, também do Death Row] e eu ambos tivemos alguns problemas pessoais surgindo. Ele repentinamente passou por um divórcio em 2007, e eu havia caído de volta em alguns velhos hábitos, sem intenção. Daí as coisas estavam um tanto bagunçadas em nossas vidas pessoais. Era algo do tipo a que tínhamos que dar atenção, e as coisas tão somente aconteceram que terminamos gastando mais tempo fora do que o que pretendíamos. Eu realmente não poderia voltar até que eu me sentisse mental e espiritualmente pronto.

Há dois anos atrás, eu realmente não tinha certeza se isso aconteceria de novo, pelo menos para o Place Of Skulls. Mas no final do ano passado começamos a tocar um pouco de novo – ensaiando e esse tipo de coisa – e eu tenho escrito algumas canções ao longo dos dois anos passados, e começado a juntar os pedaços dessas coisas. Comecei a resolver essas coisas e acabamos indo ao estúdio pra gravar o novo álbum muito mais cedo do que antecipamos.

Aconteceu de eu falar com Travis Wyrick, que é o cara do Lakeside Studios, onde normalmente gravamos – isto foi dezembro passado – e ele teve um tempo disponível no recente mês de Janeiro, e disse que tínhamos umas três ou quatro semanas. Inicialmente eu disse a ele que não tinha chance de nós entrarmos nisso mais cedo, mas ele disse que não tinha nenhum outro tempo disponível até o verão, ele estava com a agenda lotada até lá, e nós não queríamos esperar tanto, então fomos ao estúdio só com metade das coisas trabalhadas, só metade (risos) das coisas ‘na base da fé’ e fizemos o que fizemos.

Ele ficou muito bom, eu acho, por causa das circunstâncias naquele momento. Estou começando a me acostumar e a gostar da ideia de ir a estúdio um pouquinho despreparado ao invés de com tudo plenamente trabalhado. Eu acho que você acaba gerando algumas surpresas legais desse jeito. Algumas coisas legais surgem nos álbuns, eu acho, que você não espera, quando você não tem a coisa toda 100% ensaiada.

Eu ia dizer, algumas pessoas fazem isso com um propósito.

Griffin: Sim. Nós meio que fizemos isso no The Black Is Never Far também, mas não tanto sem ensaio quanto fomos neste álbum. Isto tornou-se uma situação um tanto pressionante, mas eu realmente passei a gostar disso desse jeito. Você acaba fazendo alguma coisa legal que você nunca teria feito de outro jeito. Eu não sei, eu posso acabar fazendo o resto dos álbuns do jeito que já fazia dessa maneira também.



O que aconteceu para que fizesse você trazer a Place Of Skulls de volta novamente?


Griffin: Eu provavelmente tenho que dar muitos créditos ao Tim [Tomaselli, bateria] e ao Lee nisso. Eu estava em dúvida, e não estava necessariamente almejando voltar pra música ainda de fato. Eu ainda estava lidando com alguns assuntos, e esses caras meio que ficaram por trás de mim como meus amigos, me dando todos os tipos de apoio. Eles realmente não me deixariam desistir.

Não que eu estivesse a fim de desistir, mas eles continuaram me incentivando pra que isso acontecesse de novo, antes que eu sentisse que estava preparado, mas talvez eles pudessem ver algo que eu não pude naquele momento. Eu realmente dou a eles bastante crédito à medida que temos a coisa rolando de novo. Teria levado mais um ano pra fazê-lo se eu não tivesse esses caras me incentivando. Eu não tinha outras expectativas.


Você pensa na Place Of Skulls como um veículo ou um meio de expressão para sua fé?

Griffin: Não olho pra ela como um meio. Eu escrevo músicas, a depender do que eu sinto, de como penso e o que penso vem do meu coração. Não escrevo músicas, indo até elas, tipo, “vou escrever essas músicas porque acho que as pessoas vão gostar”, ou “vou fazer esse tipo de riff porque acho que vai pegar e a galera do doom metal vai curtir”. O mesmo ocorre com as letras. Se eu fizesse isso, eu não acho que estaria prestando um serviço a mim mesmo ou quem quer que nossos fãs poderiam ser. Porque eles realmente não estariam ouvindo a qualquer coisa que estivesse saindo do meu coração.

À medida que esse álbum vai saindo, percebo que tem bastante coisa que liricamente são muito maneiras por aí afora, tanto quanto o assunto sobre Deus e fé e todo esse tipo de coisa. Mas ele não é um veículo para converter pessoas ou moldar pessoas ao meu jeito de pensar ou qualquer coisa desse tipo. É tão somente sobre como me sinto em relação à minha fé, o que tenho lidado com relação a minha vida espiritual e como eu vejo a minha relação com Deus. Como tem crescido, como não tem crescido, e como eu tenho falhado nesses tipos de coisa também. E nestes dois anos fora, quando Place Of Skulls estava em baixa, eu estava lidando com muitos assuntos os quais são bem pessoais, mas ao mesmo tempo, tive muito a fazer com minha vida espiritual e como eu havia falhado nessa área. Música e letras são apenas o meu escape para expressar a mim mesmo, e isso realmente não é um meio.

Eu não estou tentando dizer a alguém que você deve pensar como eu penso. Nós todos temos vontade livre para fazer isso. Eu desejo que as pessoas vejam como eu, como se eu estivesse falando pra você, te dizendo que foi isso que aconteceu em minha vida e isto foi com o que tive de lidar e a maneira com que lidei. Este é o jeito com que o enxergo. Só acontece disto sair em música, em vez de uma conversa normal. Mas existem pessoas que não vão considerar dessa maneira, e eu entendo isso.

Eu sabia que quando este álbum saísse viria um monte de repercussão com relação ao conteúdo das letras e tudo isso. Francamente, eu realmente não ligo. Nunca me preocupei, à medida que as pessoas pensavam sobre a música que toco, o estilo da música ou as letras que escrevo. E isso tudo leva até lá atrás , ao Death Row e ao Pentagram no início dos anos 80. Isto é o que é, e era onde estive naquela época. Eu sinto que há integridade nisto, então este é o jeito que tenho para escrevo e tocar música.

Me conte como é trabalhar com Bobby de novo, juntando-se novamente ao Pentagram.


Griffin: Isto era algo que realmente não havia planejado. Lá em março, o guitarrista dele, Russ [Strahan], deixou a banda de repente, e ele estava preso sem um guitarrista. Ele me ligou e queria saber se eu me encaixaria. Ele na verdade queria que eu me encaixasse na única turnê onde eles tiveram um cara substituto, e tinha um dia pra preparar. Eu não podia, porque eu tinha outras coisas rolando, mas eu disse a ele que iria e faria a turnê de maio que fizemos, e isso provavelmente seria ela, mas uma vez que fui pra estrada com ele – um dos grandes assuntos também, eu queria saber como Bobby estava lidando com tudo.


O passado dele não é segredo tanto quanto a tendência ao uso de drogas e ter problemas com drogas nesse tipo de coisa, e eu não queria retornar a uma situação com aquilo. Mas uma vez que estávamos fora, e eu na verdade vi que ele está realmente segurando a onda e tentando manter sua sobriedade, ele está fazendo um ótimo trabalho nisso. Ele tem ido tão longe...

Nós conversamos muito sobre isso, e eu disse a ele que estava muito grato em fazer isso e em estar na banda tanto quanto eu pudesse, desde que ele continuasse se esforçando em manter sua sobriedade como ele está agora. Tudo tem funcionado de maneira bastante tranqüila. Nenhum de nós tinha ideia de que iríamos de fato tocar juntos novamente, sério. Um ano atrás, eu assumiria que provavelmente não iríamos. Mas as coisas tem acontecido, isso tem sido muito legal.

Nós só terminamos este álbum novo, e tivemos duas turnês acontecendo em abril e no verão. Está rolando numa maneira muito legal.


Como foi estar de volta ao estúdio?

Griffin: Foi muito descontraído, na verdade. Nós costumávamos ter muitas brigas sérias nos nossos ensaios e nos estúdios. Discordâncias que acabaram em grandes, explosivos argumentos e esse tipo de coisa. Nós realmente não queríamos ter nada disso. Bobby e eu temos nos dado muito bem. Sempre estivemos. Nós realmente nunca discutimos um com o outro, do jeito que os outros caras da banda faziam. Nós não mantivemos contato sempre ao longo dos anos, mas nunca realmente discutimos um com o outro.


Nós sempre tivemos um bom relacionamento profissional, e somos compositores parecidos, então nosso material funciona bem juntos, e nossas idéias de produção são bastante parecidas, daí é sempre muito fácil eu e Bobby chegarmos a um acordo em como queremos que as coisas soem, o que queremos que uma música faça e tudo disso, tudo aquilo que constrói um álbum. Foi divertido. Os velhos tempos voltando (risos).

Com Bobby, ele estando limpo agora, toda situação é mais fácil de lidar com. E na medida do que se passa, eu estando limpo também. Voltando a quando eu estava antes na Pentagram, ninguém na banda estava realmente limpo, mas eu acho que Bobby é claro era de fato quem estava acima de todos, mais do que qualquer um, e eu provavelmente depois dele, de modo que não éramos muito influentes de uma boa maneira um com o outro. Agora nós somos e isso tem funcionado muito bem. Nós rimos bastante e levamos as coisas de um jeito muito mais fácil. Não nos levamos mais tão a sério.

- As A Dog Returns está disponível agora na GiddyUp! Records. Para mais informações, acesse placeofskulls.com


JJ Koczan tem a Q&A completa de 7400 palavras desta entrevista em seu blog, em TheObelisk.net. jj@theaquarian.com


Free trad by Carol Mariana

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